Ednilson Aguiar/O Livre
O secretário de Ciência e Tecnologia (Secitec) de Mato Grosso, Domingos Sávio (PSD), defendeu que o grupo governista trabalhe com um “plano B” para a disputa pelo Palácio Paiaguás nas eleições de 2018. A declaração engrossa o coro puxado pelo senador José Medeiros (PSD), que sugere que o vice-governador Carlos Fávaro (PSD) comece a ser trabalhado como opção caso a candidatura a reeleição do governador Pedro Taques (PSDB) não se concretize.
“Plano B é sempre bom existir. Não significa que nós não iremos marchar juntos. Estaremos juntos, sim, com o governador Pedro”, disse. “Mas o plano B sempre é interessante. Olha o que aconteceu nas eleições municipais do ano passado. O Mauro optou por não sair candidato e não tínhamos outro candidato se preparando para isso, porque focamos no projeto de reeleição do prefeito Mauro Mendes”, disse.
Em agosto de 2016, Mauro Mendes (PSB) desistiu de tentar a reeleição para a Prefeitura de Cuiabá. Seu grupo político não estava preparado para encarar uma eleição sem Mendes, e o deputado estadual Wilson Santos (PSDB) acabou sendo colocado como candidato no último prazo, para substituir o então prefeito. O grupo do governador acabou perdendo a eleição para o candidato do PMDB, Emanuel Pinheiro.
Fávaro, porém, em entrevista, já descartou a possibilidade de ser o plano B do grupo. O vice afirmou que não é o momento de discutir candidatos para 2018 e que a prioridade é apoiar a eleição de Taques.
Crise
Domingos Sávio afirma que vê com naturalidade a crise política sofrida pelo governo de Pedro Taques, e aposta na melhora da situação, com a entrega de resultados na reta final da gestão.
“É natural que todo governo passe por momentos de dificuldade. O ex-prefeito Mauro Mendes também passou por esse mesmo momento de dificuldade, de adequação. Acredito que já estancamos aquela sangria que havia, aquele sangue que estava jorrando da corrupção. O governador conseguiu estancar tudo isso e agora é a hora da grande virada para mostrar nesses dois últimos anos de gestão o resultado”, disse.
O secretário negou que tenha planos de deixar a pasta em março de 2018 para disputar algum cargo nas eleições. Porém, afirmou que “está à disposição do partido para o que quer que seja”.