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Saldo de fevereiro mostra diminuição no ritmo de geração de emprego em MT

Para o presidente da Fecomércio-MT, a diminuição de 66,1% pode ser explicada por fatores econômicos nacionais e internacionais

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Saldo de fevereiro mostra diminuição no ritmo de geração de emprego em MT
(Foto: Ednilson Aguiar / arquivo / O Livre )

O Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomercio-MT (IPF-MT) analisou os dados do Novo Caged (MTE), com referência ao mês de fevereiro, e verificou que Mato Grosso apresentou um saldo positivo de 5.289 novos postos de trabalho com carteira assinada no período. Contudo, os dados mostram uma diminuição de 44,8% no ritmo de geração de empregos no comparativo com fevereiro do ano passado, quando o estado obteve um saldo positivo de 9.580 novos postos de trabalho.

A queda também pode ser observada no acumulado do ano. Em 2022, o estado já havia acumulado 57.472 novos empregos nos dois primeiros meses de 2022, diferente dos atuais 19.478 gerados no mesmo período. Para o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, a diminuição de 66,1% pode ser explicada por fatores econômicos nacionais e internacionais.

“Considerando o cenário de instabilidade econômica provocada pela inflação e taxa de juros, o que diminui os investimentos das empresas, é comum que o número de admissões diminua, porém, não sendo superadas pelas demissões no estado, mantendo Mato Grosso em ritmo de crescimento, mesmo que seja menor do que o averiguado no mês e no acumulado do ano anterior”, explica Wenceslau Júnior.

Segundo análise do IPF-MT, os dados no estado não apontaram setores com mais demissões do que admissões em fevereiro. O setor de serviços lidera em contratação, com um saldo de 2.868 novos postos de trabalho, seguido do setor da construção (889), indústria (676), comércio (551) e, por último, a agropecuária (305).

O resultado atualizado coloca Mato Grosso com estoque de empregos formais em 853.622. Os maiores estoques são do comércio e serviços, que juntos possuem 522.842, representando 61% dos empregos formais no estado. A agropecuária aparece em terceiro, com 153.800, e a indústria logo atrás, com 132.718. Por último aparece a construção, com 44.262 empregos no setor.

O presidente de Federação conclui que “o setor de serviços em destaque nas admissões pode ser um indicativo positivo para o aumento no consumo das famílias, o que é muito importante para a movimentação econômica e para o setor terciário”, afirma.

Com relação aos dados nacionais, o país apresentou um saldo de 241.785 empregos, contra 353.294 na comparação com fevereiro do ano passado, uma queda de 31%. Já no acumulativo do ano, Mato Grosso é o sétimo estado do país em geração de emprego, liderado pelos estados do Sul e Sudeste, além de Goiás.

“Mato Grosso está entre as primeiras posições no número de desemprego no país, segundo dados do Pnad – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. A busca por qualificação profissional poderia alavancar o estado no ranking nacional, visto que existem muitos trabalhadores em busca de emprego e empresas procurando profissionais qualificados. O Sistema Comércio em Mato Grosso, por meio do Senac, é um grande aliado para a inserção de pessoas no mercado de trabalho, concluiu Wenceslau Júnior.

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