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Rodivaldo Ribeiro lança primeiro livro de ficção nesta noite na Casa do Parque

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Rodivaldo Ribeiro lança primeiro livro de ficção nesta noite na Casa do Parque

Autores locais e entusiastas da literatura se reúnem nesta segunda-feira (7), às 19 horas, na Casa do Parque, para celebrar o lançamento do primeiro livro de ficção, Essa Armadilha, O Corpo (Chiado Books, 2018), do jornalista e escritor Rodivaldo Ribeiro.  Composta por 22 contos (oito curtos), a seleção é um apanhado de trabalhos criados entre 2002 e 2016.

Editado e impresso em Lisboa pela portuguesa Chiado Editora, o livro foi será distribuído no Brasil, em toda a Europa, além de Angola, Cabo Verde e Moçambique.

De temática variada, há somente um eixo comum, e este se dá na maneira como os personagens se relacionam com o mundo. Nunca de maneira simples, ora absortos em reflexões, ora em momentos de ludicidade, por vezes em angústia quanto ao passo irremediável do tempo e a brevidade da vida em oposição à vastidão desse conceito/convenção.

Rodivaldo não gosta de definir ou explicar as ideias abarcadas ao longo das 80 páginas do livro, mas ele entrega que este foi propositalmente pensado para ser breve “como volume, mas longo como conceito. São histórias ou ideias que não pretendem ser axiomas, apesar de várias vezes flertarem com esse tipo de postulado filosófico”.

Declaradamente adepto de literatura de significação ulterior à superfície semântica do texto, ele conta que buscou pautar-se na oralidade na maior parte das histórias rápidas ali reunidas, pois percebeu que todos os personagens estão envoltos em tramas situadas na infância e juventude, o período onde, sabemos todos, seres humanos têm um apego muito peculiar à palavra e os excessos desta.

“Acabou que decidi fazer uma trilogia, da qual Essa Armadilha, O Corpo é a primeira parte, porque vi que mesmo os personagens velhos ou adultos o são apenas cronologicamente, mas ainda agem como crianças e ou adolescentes, sem muita consciência de suas ações, agindo no mais das vezes por impulso, presos ao que achamos ser interminável quando somos jovens”.

Dessa intensidade nasce a matéria do que foi ali contado. Assim, há camadas onde muitas vezes o entendimento é deslocado sem aviso prévio, forçado pela constante mudança de ritmo e inversões de narrador.

Conforme trecho do texto de apresentação na contracapa: “Se há algum elo de ligação possível entre os personagens, este se dá apenas na repetição de seus únicos refúgios e armas: seus corpos. Ora magros, ora gordos, ora frágeis, ora gigantescos, mas sempre corpos, armadilhas de todos e de ninguém”.

Não é possível reler as histórias e percebê-las sempre da mesma maneira, porque algo volta e meia escapa ou ultrapassa o entendimento. “Inclusive o meu”, encerra o autor.

Rodivaldo Ribeiro também lançou recentemente, junto com Marinaldo Custódio e Martha Bapsita, o volume Na Estrada: 70 Anos da Sinfra, pela editora cuiabana Entrelinhas.

Essa Armadilha, O Corpo também pode ser adquirido no site da editora.  Contato pelo (65) 98106-2633  ou ainda, pelo e-mail: rodivaldo@gmail.com

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