Os momentos que antecederam a explosão da aeronave pilotada pelo empresário Jair José Demski, 61 anos, no início da noite dessa segunda-feira (16) foram de tensão. Pouco antes do acidente, o empresário ligou para o irmão dele, Fábio Luiz Demski, e disse não estar conseguindo ver a pista de pouso.
Conforme o boletim de ocorrência sobre a queda do avião, Jair decolou de Sinop (500 km de Cuiabá) com destino a Guarantã do Norte (710 km de Cuiabá) às 17h25. Ele voava na aeronave modelo RV-10, junto com o filho João Anderson Demski, 29 anos.
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Ao mesmo tempo, o piloto José Martins Severo decolou com outra aeronave pertencente a ao empresário do ramo de materiais para construção, com o mesmo destino.
Às 18h12, porém, Jair ligou para o irmão Fábio e pediu que iluminasse a cabeceira da pista. Avisou que “não estava conseguindo visualizar”, segundo consta no boletim de ocorrência.
A aeronave pilotada por José Martins Severo pousou no local correto. A de Jair, no entanto, caiu a aproximadamente 2 quilômetros de distância da pista, no sítio São Tontonho, localizado na Linha Páscoa, zona rual de Guarantã do Norte.
Com o pouso acidental, a aeronave explodiu e causou a morte instantânea dos dois tripulantes: Jair e o filho João.
À Polícia Civil, o irmão do empresário disse que, antes de tentar pousar, Jair não se queixou de nenhuma pane ou defeito na aeronave, somente sobre a falta de visualização da pista de pouso.
A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e a Polícia Militar estiveram no local. O Corpo de Bombeiros controlou as chamas causadas pela explosão.
O delegado Waner dos Santos Neves, da Polícia Judiciária Civil, vai investigar o caso.