Ednilson Aguiar/Olivre
Ságuas Moraes é deputado federal pelo PT
O PT de Mato Grosso trabalha com três opções para lançar como candidato majoritário nas eleições de 2018: o deputado federal Ságuas Moraes, o ex-vereador por Cuiabá Lúdio Cabral e o ex-deputado federal Carlos Abicalil. O secretário-geral da sigla, Nelson Borges, disse que os três serão consultados sobre a possibilidade e a disponibilidade para disputar os cargos de governador ou senador, e a questão deve ser debatida na próxima reunião do diretório petista.
Depois, conforme as definições avançarem, os nomes devem ser apresentados para os partidos com quem o PT vem tratando a formação de uma aliança de oposição ao governo Pedro Taques (PSDB). A prioridade, segundo o secretário, será formar uma aliança forte para enfrentar o atual governador, que deve concorrer à reeleição.
“É importante construir uma coligação que tenha a representatividade política do campo democrático popular. Isso vai ser construído com os partidos aliados. Se houver um nome do PT que possa aglutinar, o candidato será do PT. Se houver outro nome que possa aglutinar mais que o PT, vamos construir”, disse Nelson Borges ao LIVRE.
O presidente do PT em Mato Grosso, o deputado estadual Valdir Barranco, apontou como meta ter uma candidatura competitiva para enfrentar Taques. “Vamos lutar para que haja um candidato a governador do centro-esquerda, com uma proposta que atenda os anseios da sociedade mato-grossense e que divirja do que o governador Pedro Taques vem apresentando para o Estado. Uma alternativa a esse desgoverno, porque o próprio governador admite que o Estado está desgovernado”, disse.
“O PT tem nomes e os demais partidos também. Acho que vai ser possível ter um candidato desse conjunto à altura de disputar o governo do Estado. Pedro Taques não vai disputar sozinho. Não vai ganhar por WO”, prometeu. Barranco reforçou os nomes de Lúdio e Ságuas. “Não temos quadros melhores do que eles para a chapa majoritária – talvez até do mesmo nível, mas não melhores”, elogiou.
Nelson Borges também criticou o governo tucano. “Depois de três anos, esse desgoverno vem falar de terra arrasada em discurso na Assembleia. Fazer diagnóstico a essa altura? Diagnóstico é para ser feito no primeiro ano de governo. O presidente da AMM (Associação Mato-grossense dos Municípios), Neurilan Fraga, diz que a maioria dos prefeitos estão descontentes. Temos um campo aberto para uma candidatura forte da oposição”, apostou.
Em 2014, o PT disputou o governo estadual com Lúdio Cabral, tendo a ex-deputada Teté Bezerra (PMDB) de vice. Eles tiveram 32% dos votos e foram derrotados por Pedro Taques no primeiro turno. Em 2012, a mesma aliança levou Lúdio ao segundo turno da disputa pela Prefeitura de Cuiabá, porém, tendo o advogado Francisco Faiad (PMDB) de vice.
Abicalil, por sua vez, disputou para senador em 2010 e também perdeu para Pedro Taques, que foi o segundo mais votado, e Blairo Maggi (PP), que foi o primeiro. Na ocasião, ele ficou em terceiro lugar, com 18% dos votos.
Atualmente, PT e PMDB são aliados na Assembleia Legislativa, no bloco de oposição a Taques, mas a reedição da coligação depende das definições nacionais sobre alianças. Há possibilidade de a direção nacional vetar os partidos que dão sustentação ao governo do presidente Michel Temer (PMDB).
Câmara Federal
Ságuas já anunciou sua intenção de não concorrer mais à Câmara Federal e, provavelmente, ficar de fora da disputa eleitoral deste ano. Por isso, o partido já avalia também nomes para substitui-lo na corrida por uma cadeira de deputado federal. Barranco citou como opções Lúdio, a ex-secretário de Educação Rosa Neide e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) de Várzea Grande, Gilmar Ferreira.
“O PT vai ter um federal, porque sem isso, muitas pessoas que simpatizam com nossas bandeiras vão ficar sem ter para quem votar. O PT não vai deixar isso vago”, prometeu Barranco. “Mas ainda esperamos que Ságuas se mantenha firme na política. É nosso melhor quadro”, completou.
