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Procura por biometria aumentou 500% com divulgação de fake news

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Procura por biometria aumentou 500% com divulgação de fake news

Karina Cabral/O Livre

Biometria na Unimed - TRE

Filas para recadastramento biométrico aumentaram consideravelmente após notícias falsas sobre o assunto se espalharem 

No final do ano passado, a divulgação de um boato ajudou o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TER-MT) a atrair eleitores durante o processo de cadastramento biométrico. Segundo informou na última terça-feira (13) o diretor geral do órgão, Nilson Bezerra, o número de pessoas que procuravam o TER-MT aumentou 500% depois da propagação da notícia falsa.

A notícia falsa circulou por todo país e anunciava que a Justiça Eleitoral cobraria uma taxa de R$ 150 para os eleitores que não comparecessem para a revisão biométrica, cujo prazo encerra no dia 30 de março. O boato circulou no final do ano passado por meio de mensagens de áudio e texto no aplicativo Whatsapp.

Em entrevista ao LIVRE, Bezerra comparou os efeitos da comunicação institucional do TRE com os resultados provocados pelo boato. A notícia falsa fez com que o número de pessoas que procuravam o órgão saltasse de 500 para 3 mil eleitores.

“O tribunal não tem recursos para fazer campanha de propaganda. Contamos muito mais com o apoio da mídia, mas infelizmente talvez não tenhamos a credibilidade que tem um áudio de Whatsapp, que conseguiu trazer o eleitor para cá com muito mais eficiência do que quando dávamos entrevista chamando o eleitor”, lamentou Bezerra.

O aumento da procura desesperada também teve um efeito negativo: as filas enormes que se espalharam nos postos de atendimento do TRE na cidade. Para lidar com a demanda o tribunal deixou de atender por ordem de agendamento e passou a receber os eleitores por ordem de chegada, além de mais novos postos que foram criados.

“Aquela notícia era falsa, mas apesar disso ajudou a aumentar a procura. E quando aumentou a demanda ficou justificável aumentar a estrutura do TRE. No ano passado não compensava aumentar a estrutura porque a estrutura já era ociosa”, comentou o diretor geral do órgão. Ele recorda que quando os atendimentos eram feitos por ordem de agendamento havia sempre uma lacuna nas datas agendadas, que deixavam o tribunal sem muito serviço a prestar.

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