O pedido de quebra do sigilo bancário da senadora eleita por Mato Grosso, juíza aposentada Selma Arruda (PSL), por suposto abuso de poder econômico, tem se transformado em incômodo para o partido do próximo presidente, Jair Bolsonaro.
O jornal O Globo voltou a publicar, no domingo (2), uma nota destacando que o ex-presidente nacional do PSL Gustavo Bebianno, escolhido pelo presidente eleito para comandar a Secretaria-Geral da Presidência, foi arrolado pela defesa da ex-juíza como testemunha na ação que tramita no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso.
A notícia pontua que Selma é conhecida em Cuiabá como “Sérgio Moro de saia” e relembra que o Ministério Público Federal (MPF) pediu que magistrada aposentada fosse investigada, pois ela teria pratico abuso de poder econômico durante o período de pré-campanha.
Selma Arruda foi processada pelo publicitário Junior Brasa, da agência Genius, com quem rompeu contrato no início de setembro. Ele cobra o pagamento de R$ 1,16 milhão da ex-cliente, que seria referente a serviços prestados e não pagos e multa. Brasa acionou também os suplentes da chapa de Selma, Gilberto Eglair Possamai e Cléire Fabiana Mendes.
Na ação, ele juntou cópias de cheques pessoais emitidos pela senadora eleita para a agência de Brasa, para pagar despesas da pré-campanha, no valor total de R$ 700 mil.