Eleições 2018

Selma Arruda descarta intriga em campanha: “Não me deixo influenciar por briga de marqueteiro”

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Selma Arruda descarta intriga em campanha: “Não me deixo influenciar por briga de marqueteiro”
(Foto: Ednilson Aguiar/ O Livre)

A candidata a senadora Selma Arruda (PSL) negou qualquer influência do seu novo marqueteiro, o jornalista Kleber Lima, sobre a decisão de romper o contrato com a agência de publicidade Genius, comandada pelo publicitário Júnior Brasa. Em meio à troca de acusações entre o ex-coordenador de marketing e o atual, Selma sustenta que a decisão de romper teve como único objetivo economizar dinheiro.

“A questão é somente financeira. Eu tenho opinião própria. Sempre fui uma pessoa que não se deixou influenciar por ninguém. Não seria agora que eu me deixaria influenciar por briga de marqueteiro”, disse ela ao LIVRE.

Selma conseguiu na Justiça Eleitoral, nesta quarta-feira (5), garantir seus 32 segundos no programa eleitoral – exatamente o tempo que a coligação havia concedido a ela, antes de a candidata romper com os aliados e ser excluída do horário eleitoral.

Ela disse que a intenção inicial era dividir de forma igualitária o tempo da coligação entre os dois candidatos ao Senado da chapa, ela e Nilson Leitão (PSDB), de modo que ambos teriam um programa de 49 segundos cada.

Segundo Selma, com um programa menor, não tinha necessidade de manter a estrutura inicial de produção de vídeo que havia montado. A candidata afirmou que, dessa forma, gastará metade do previsto. Ela informou que pagará integralmente a multa pela rescisão do contrato com a agência, que é de 10% do valor do contrato.

“Foi exclusivamente para contenção de gastos, por conta do tempo de TV, que ficou tão pequeno. Com 32 segundos vamos fazer o quê? Não tem como fazer musiquinha, político levantando criancinha, como os outros candidatos vão fazer”, disse Selma.

Intrigas e caprichos

O dono da agência Genius, Júnior Brasa, atribuiu ao novo marqueteiro o rompimento do contrato. “Kleber é uma pessoa difícil, cria intriga em todo lado, me fez mudar parte da equipe. Ele não tem flexibilidade para trabalhar”, afirmou. “Minha relação com a Selma sempre foi muito boa. Tenho certeza que não foi por ela que esse contrato foi rompido. Eu disse à Selma que poderíamos enxugar a estrutura da campanha, mas Kleber disse que não queria continuar com a Genius porque ele não fica à vontade”.

Os problemas entre os dois começaram desde a contratação de Kleber para ser consultor de marketing da campanha. “Não tem como fazer campanha com dois marqueteiros. Eu disse a ela para escolher um, e que não precisava ser eu. Então ela optou por colocar o Kleber na coordenação e eu passei a ser fornecedor”, disse. Brasa alfinetou o trabalho do novo marqueteiro. “Enquanto eu estava conduzindo a campanha, ela estava em segundo lugar nas pesquisas. Agora, ela caiu.”

O publicitário destacou que já fez 16 campanhas majoritárias e que nunca um cliente havia rompido o contrato antes das votações. “Tínhamos quatro ilhas de edição à disposição da campanha da Selma e 30 pessoas na equipe. Não houve falha de contrato”, assegurou. Ele destacou, ainda, a alta rotatividade na campanha da juíza aposentada. “Ela já está no terceiro assessor de imprensa, terceiro advogado, segundo marqueteiro e vai para a segunda agência. É muita troca para uma campanha tão curta. Como é a primeira vez que ela é candidata, deve estar com pouca tolerância”, comentou o publicitário.

Equipe reaproveitada

Kleber Lima rechaçou as acusações de Brasa e afirmou que o contrato foi rompido exclusivamente para cortar custos, em função do programa eleitoral ter ficado menor. Ele rechaçou as críticas do publicitário. “Lamento a avaliação dele. Até ontem, a responsabilidade da campanha era nossa, e hoje é só minha. Podemos falar sobre as pesquisas daqui para a frente”, disse.

Ele informou que deve manter alguns membros da equipe montada pela Genius, e não vai contratar outra empresa para produzir os programas. “O contrato incluía a produtora, agência, assessoria de imprensa e redes sociais. Vamos aproveitar parte da equipe. Quando entrei, deram-me a alternativa de trocar a produtora, mas eu dei um voto de confiança a ele. Agora tivemos que mudar em função dos custos”, disse o jornalista.

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