Cidades

Prefeitura diz que 91 pessoas morreram no São Benedito durante a intervenção

O contexto das mortes não foi confirmado Secretaria de Saúde; técnico em gestão diz que hospital não tinha resguardo

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Prefeitura diz que 91 pessoas morreram no São Benedito durante a intervenção

A Secretaria de Saúde de Cuiabá diz que 91 pessoas morreram no Hospital São Benedito entre março e dezembro de 2023, o mesmo período da intervenção. Foram 196 pacientes em nove meses e meio, ante a 105 do ano anterior. 

Os números foram apresentados hoje no balanço das primeiras semanas de retomada do SUS (Sistema Único de Saúde). O prefeito Emanuel Pinheiro e o secretário Deiver Teixeira não souberam explicar o motivo dos óbitos. 

O São Benedito é um hospital de porta fechada, recebe somente pacientes com diagnóstico de doença de alta complexidade, geralmente em quadro crônico.  

A hipótese para o aumento de mortes foi dada pelo gestor assistencial Pioter Antonito Gomes Ferreira, que trabalhou no hospital durante a intervenção. Segundo ele, o São Benedito não teria disponíveis os serviços de referência em alta complexidade. 

“A função do São Benedito é receber pacientes de alta complexidade, de forma regulada. Os pacientes dão entrada no hospital com pré-diagnóstico os médicos especialistas dizem que outros atendimentos são necessários. Com o resultado, nas mãos, os pacientes passavam pelas cirurgias. Isso não aconteceu durante a intervenção”, afirmou. 

O hospital estaria com os 112 leitos instalados ocupados e continuaria a receber pacientes, mas sem condição de tratamento. Segundo o técnico, os interventores sabiam da situação. 

O que diz o governo? 

Em nota, o governo disse que o gabinete de intervenção “ainda não tomou conhecimento” das informações, mas afirmou os números de atendimentos médicos, ambulatoriais e de UTIs aumentaram porque o Hospital São Benedito estava “praticamente fechado” antes da intervenção. 

“Só por essa informação já é possível constatar que trata-se de mais uma conversa fiada do prefeito Emanuel Pinheiro que, ao invés de trabalhar e garantir atendimento digno à população, cria cortina de fumaça para acobertar o caos que é sua gestão”, pontuou. 

 

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