O policial militar Franckciney Canavarros Magalhães foi preso nesta sexta-feira (15) na terceira fase da Operação Convescote, do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). Ele também foi alvo de mandado de busca e apreensão em sua residência.
O policial é integrante do próprio Gaeco e teria agido para obstruir as investigações. A assessoria informou que as investigações apontaram que o policial tentou vender informações sigilosas para o investigado Hallan Gonçalves de Freitas, o que atrapalhou a apuração dos fatos. Hallan se tornou delator do esquema.
Segundo a assessoria, depois de identificar o desvio de conduta do policial, o Gaeco pediu à juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá a prisão preventiva e busca e apreensão.
“O caso demonstra que qualquer investigação ou ação do Gaeco é impessoal e respeitadora do Estado de Direito, e que o enfrentamento do crime organizado é medida obrigatória e permanente, independentemente dos envolvidos”, disse o promotor Marcos Bulhões dos Santos, coordenador do Gaeco.
Desvios
A operação Convescote investiga corrupção em convênios da Fundação de Amparo ao Ensino Superior Estadual (Faespe) com entes públicos como a Assembleia Legislativa, o Tribunal de Contas do Estado (TCE), a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) e a prefeitura de Rondonópolis.
De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), ao menos R$ 3 milhões foram desviados no esquema. Ligada à Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), a Faespe recebeu cerca de R$ 128 milhões em contratos nos últimos três anos.