Ednilson Aguiar/O Livre
Policiais federais cumprem oito mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva em Cuiabá, Várzea Grande e Rosário Oeste, nesta terça-feira (22), com a finalidade de desarticular uma quadrilha especializada em fraudar benefícios previdenciários de auxílio-reclusão em Mato Grosso.
Denominada Operação Rosário, a ação é desencadeada em parceria com a Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda. A determinação para o cumprimento dos mandados foi expedida pela Justiça Federal de Diamantino (MT).
O prejuízo causado aos cofres públicos pelo pagamento do auxílio seria de, no mínimo, R$ 1 milhão. O principal suspeito, contudo, segundo a Polícia Federal (PF), desde 2014 concedeu outros benefícios que, no caso de confirmação das fraudes, o rombo seria de R$ 9 milhões.
No início do ano, o valor do auxílio-reclusão foi reajustado de R$ 880 para R$ 937. O benefício é concedido à família de quem é segurado do INSS e encontra-se preso em regime fechado ou semiaberto.
Conforme a PF, as fraudes consistiam, em sua maioria, na falsificação de atestados carcerários, ampliando o período de prisão dos supostos segurados.
De acordo com a PF as investigações tiveram início em 2016, a partir de denúncia recebida na Ouvidoria da Previdência Social, relacionada à existência de um esquema de concessão fraudulenta de auxílio-reclusão por meio da Agência da Previdência Social de Rosário Oeste (MT).
A PF aponta que as concessões de auxílio-reclusão na unidade do município de 18 mil habitantes é doze vezes maior que a média nacional.