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Pesquisa revela que brasileiros querem home office, diversidade e inclusão nas empresas

Empreender tem se mostrado a saída buscada por muitos profissionais. E, para as empresas, promover a inclusão é a forma de reter talentos

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Pesquisa revela que brasileiros querem home office, diversidade e inclusão nas empresas
(Foto: Vlada Karpovich / Pexels)
Antes da pandemia, o trabalho remoto não fazia parte da realidade da maioria dos trabalhadores brasileiros. No entanto, depois de dois anos, muitos profissionais vivenciaram a modalidade, e uma boa parcela está disposta a pedir demissão para continuar no trabalhando no modelo home office. É o que mostra um novo estudo da consultoria Robert Half.
Segundo o levantamento, 39% dos colaboradores buscariam um novo emprego, caso a empresa onde estão não oferecesse a modalidade home office. Essa porcentagem revela que os trabalhadores estão em busca do que a pesquisa chama de worklife balance (equilíbrio entre vida pessoal e profissional).
Um estudo recente, do site LinkedIn, mostrou exatamente isso: 49% das pessoas empregadas consideram mudar de emprego, em busca de equilíbrio entre vida pessoal e profissional, e melhores salários.

Além disso, os resultados da pesquisa da consultoria Robert Half, juntam-se a outras duas tendências em 2022:

  • o aumento no número de demissões, a pedido dos próprios trabalhadores (33,2%) – segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
  • o aumento de Microempreendedores Individuais MEIs (79%), com base em dados da Receita Federal.

Empreendedorismo como solução

A empreendedora Aline Soaper, explica que esses dados revelam que os trabalhadores buscam flexibilidade. E, para ela, a saída foi empreender no ramo da educação financeira.

“Essa onda de pedidos de demissão voluntários também aconteceu e está acontecendo em outros países. Em 2015, eu optei por empreender na área de educação financeira, e foi a decisão mais acertada que fiz. É um trabalho 100% remoto. Hoje eu posso trabalhar de onde quiser. Consigo aliar minha vida pessoal e profissional”, destaca Aline.

De olho no mercado de terceirização de processos, que segundo dados da TechNavio – uma empresa global de consultoria – deve crescer ainda mais até 2024, a administradora Valéria Fernandes, também resolveu pedir demissão do emprego CLT, para empreender e trabalhar home office.

“No início, eu usei apenas conhecimento, dedicação, um computador e internet. Eu fazia o trabalho burocrático de finanças que a maioria das pessoas acha chato, mas que para mim era fácil e me garantia uma renda extra. Hoje, tenho uma empresa de assistência financeira virtual, que presta serviços para pequenas empresas, nas atividades financeiras desses negócios”, revela Valéria.

Diversidade e inclusão

Outro dado revelado pela pesquisa da consultoria Robert Half é que 41% dos colaboradores e líderes acreditam que práticas de diversidade, equidade e inclusão nas empresas, melhoram a produtividade.

A especialista em produtividade e alta performance, Tathiane Deândhela, explica que, ao implementar este tipo de ações, as empresas mostram reconhecimento e valorização pela equipe.

“Para a inovação acontecer, é preciso gerar um ambiente receptivo a novas ideias, com visões diferentes acerca de um mesmo desafio. E a inovação anda de mãos dadas com a produtividade. Eu incentivo muito toda a minha equipe a participar ativamente dos momentos de brainstorming. Não importa se é estagiário, ou se já tem muito tempo de casa. Cada pessoa, cada insight, tem um poder de virar o jogo. Quando existe essa relação de abertura, todos se sentem mais seguros para contribuir – e isso é a chave para tornar a equipe mais engajada, mais coesa e mais produtiva,” reforça Tathiane.

A especialista em produtividade ressalta que vários estudos demonstram que as empresas que investem nessas práticas de diversidade, equidade e inclusão, são mais eficientes na decisão de problemas, mais atrativas e retêm mais talentos, e consequentemente são mais produtivas.

Além disso, Tathiane salienta que as conclusões da pesquisa da consultoria mostram que essas práticas agregam para que os colaboradores se sintam mais seguros, tratados de forma justa e com oportunidades iguais para avançar nas empresas. Isso tudo contribui para a produtividade nas empresas.

Para finalizar, Tathiane Deândhela faz algumas considerações sobre os modelos de trabalho remoto e híbrido.

“Uma questão que devemos refletir, quando falamos de home office, é que a convivência presencial é um elemento importante nas práticas de diversidade, equidade e inclusão. Dessa forma, acredito, que a tendência é o crescimento do modelo híbrido. Que traz flexibilidade, mas ao mesmo tempo, mantêm o contato presencial, para fortalecer as políticas de diversidade, equidade e inclusão, nas empresas”, pondera Deândhela.

(Da Assessoria)

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