O tenente-coronel da reserva Marcos Paccola foi condenado a quatro anos e seis meses prisão pelos crimes de falsidade ideológica e inserção de dados falsos no sistema de informações da Polícia Militar de Mato Grosso.
A sentença saiu de julgamento na Vara Militar nessa sexta-feira (16). O caso envolveu Paccola e outros militares acusados de participar de um grupo de extermínio. A pena será cumprida inicialmente em regime semiaberto.
A Justiça entendeu que Paccola adulterou informações sobre origem, posse e propriedade de uma arma Glock 9mm, que teria sido usada pelo grupo de extermínio. Conforme a Justiça, a arma pertence ao tenente Cléber de Souza Ferreira e foi comprada em 2015.
Ainda de acordo com a decisão, o registro da arma teria sido lançado no Sistema de Registro e Gerenciamento de Arma de Fogo da Polícia Militar como propriedade da corporação. Ela faz parte de objetos recolhidos para investigação de crimes ligados ao grupo de extermínio chamado Mercenários.
A adulteração teria sido feita entre maio e agosto de 2019. Além de Paccola, são investigados os policiais militares tenente Cléber de Souza Ferreira e o sargento Berison Costa e Silva. Eles teriam colaboração na falsificação.
O tenente Cléber também foi condenado no julgamento de ontem por falsidade ideológica e foi sentenciado a dois anos de prisão, com início em regime aberto.
Em outubro passado, Marcos Paccola perdeu o mandato de vereador por Cuiabá, exercido pelo partido Republicanos, após o assassinato do agente socioeducativo Alexandre Miaygawa.