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Operação “Bereré” já era conhecida na AL na semana passada

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Operação “Bereré” já era conhecida na AL na semana passada

Ednilson Aguiar/O Livre

Assembleia Legislativa

A operação da Polícia Civil e Militar, e que envolve também o Núcleo de Ações de Competência Originária (NACO) do Ministério Público Estadual (MPE), para apurar denúncias relativas ao desvio de verbas no Detran-MT, na época do governador Silval Barbosa (MDB), já era vislumbrada na semana passada por deputados estaduais.

Em mais de uma conversa por telefone deste jornalista com deputados, uma hipotética futura operação era aventada com todas as letras. Os nomes do promotor de Justiça Antonio Sérgio Cordeiro Piedade, coordenador do Naco, e do desembargador José Zuquim Nogueira também eram ditos em alto e bom som como os responsáveis pela operação, não pelo vazamento. Ambos assinam a papelada que deu origem à ação.

Os parlamentares sabiam que a operação tinha relação com o esquema delatado pelo ex-presidente do Detran-MT, Teodoro Lopes. E também que tanto o presidente da AL, Eduardo Botelho (PSB), quanto o deputado Mauro Savi (PSB) seriam alvos.

De acordo com um deputado com bom trânsito com o presidente da AL, eles já esperavam a ação, somente não sabiam a data e a hora. Eis que no primeiro dia da semana pós-carnaval ela ocorre.

A informação que circulava na AL levanta suspeitas sobre uma hipotética antecipação dos parlamentares à ação da Justiça. Ainda no campo das hipóteses, eles poderiam ter tido tempo para esconder eventuais documentos comprometedores a respeito do caso. Fora do campo das conjecturas, a única certeza é a de que a informação circulou com certa força ao longo da sexta-feira. Mesmo um outro deputado, esse de passagem por uma das cidades que compõem a sua base eleitoral, falou a respeito do tema.

Esse parlamentar, que vive às turras com o governador Pedro Taques (PSDB), disse que a desconfiança geral dos colegas de mandato era a de que o governador teria dedos na operação, dado o seu passado como membro do Ministério Público. Por mais que a informação possa, eventualmente, de volta ao campo das hipóteses, ser verdadeira, ela perde um pouco de força ao analisar a trajetória de Taques. O tucano foi membro da Procuradoria Geral da República (PGR), que tem pouco contato com o MPE, que tocou parte das ações.

Esse tipo de vazamento já ocorreu em outros momentos, na mesma AL-MT. Basta lembrarmos da imagem icônica do também deputado Gilmar Fabris (PSD) de pijama, saindo de casa com uma pasta na mão pouco antes de uma operação da Polícia Federal.

 

Reprodução/Hipernotícias

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