Crônicas Policiais

“Não faz isso, filho”: agricultor é assassinado e filho é o principal suspeito

Família estava se desentendendo devido a uma divisão de bens e uma testemunha ouviu o agricultor falar: "Não faz isso, filho" e citar apelido do acusado

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“Não faz isso, filho”: agricultor é assassinado e filho é o principal suspeito
(Foto: PJC MT)

Um agricultor identificado como Claudionor Scarsi, 59 anos, foi assassinado ontem (17), em uma propriedade rural em Guarantã do Norte (730 km de Cuiabá), e o principal suspeito de ter cometido o crime é o filho da vítima.

O motivo é que uma testemunha, que estava presente no momento do crime, ouviu o agricultor falar, antes de ser assassinado: “Não faz isso, filho. Não faz isso, maninho”, apelido do filho da vítima.

O crime ocorreu por volta das 16 horas. A Polícia Civil foi acionada e, ao chegar no local, encontrou Claudionor morto, próximo ao curral, no chão, com os porcos comendo parte do corpo.

Segundo o boletim de ocorrência, o agricultor havia acabado de chegar de sua casa e foi ao sítio para ver os animais. Mas, assim que desceu do veículo e foi até a porteira do curral, uma pessoa encapuzada e com uma arma na mão se aproximou.

Um homem que estava dirigindo o carro que levou Claudionor até o sítio viu toda a cena. Ele disse à polícia que o agricultor viu a pessoa encapuzada indo em sua direção e já dando alguns disparos.

Foi quando, segundo a testemunha, Claudionor gritou: “Não faz isso, filho. Não faz isso, maninho”.

Consta no boletim de ocorrência que o agricultor estava em conflito com os filhos devido ao divórcio com sua ex-esposa, em que os filhos estavam à favor da mãe.

Conflito entre agricultor e filhos

No dia 9 deste mês, Claudionor já havia registrado um boletim de ocorrência contra os filhos, afirmando que estava passando pelo processo de separação e divisão de bens e, como a esposa havia ido embora, ele estava responsável por cuidar dos bens até sair a decisão judicial sobre a partilha.

No entanto, segundo o agricultor, os filhos teriam ido até o sítio do casal, pegado alguns equipamentos, que somados seriam avaliados em R$ 140 mil, e deixado com outras pessoas, em outras propriedades.

Conforme o boletim de ocorrência, Claudionor teria encontrado um dos equipamentos, um espalhador de aduba, em um sítio na Estrada Linha 31 e o proprietário disse que os filhos dele que haviam deixado o aparelho no local.

Claudionor relatou à polícia que estava percorrendo por vários lugares em busca de seus equipamentos, pois os utilizava para trabalhar. Ele afirmou também que os filhos haviam pegado os equipamentos a mando da ex-mulher.

Furto

No sábado (16), um dia antes de ser assassinado, Claudionor registrou mais um boletim de ocorrência, desta vez relatando que havia saído de seu sítio na madrugada da sexta-feira (15) e ido para Sinop. Mas, quando retornou para Guarantã do Norte, às 15 horas, encontrou o cadeado da porteira quebrado.

No documento, ele afirmou que havia sentido falta de alguns pertences e animais, como dois frezzers, máquina de moer e cortar carne, fogão, geladeira, 18 cabeças de gado com a marca J7 e 15 ovelhas. O HD das câmeras da propriedade também haviam sido levados.

Todo o caso está sendo investigado pela Polícia Civil e, até o momento, ninguém foi preso.

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