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MT é o segundo Estado no ranking de desmatamento da Amazônia Legal

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MT é o segundo Estado no ranking de desmatamento da Amazônia Legal
Assessoria

Dos 108 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal detectados em fevereiro pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), 32% estão dentro do território mato-grossense. O percentual coloca Mato Grosso na segunda posição no ranking dos maiores desmatadores do Brasil, perdendo apenas para o Pará.

Ainda de acordo com o levantamento, houve um crescimento de 54% no desmatamento da Amazônia Legal, se os número de fevereiro deste ano forem comparados com o mesmo período de 2018.

O relatório ainda aponta que 67% das áreas de desmatamento estão localizadas em propriedade privadas, 21% em assentamentos, 7% em terras indígenas e 5% em Unidades de Conservação.

Engenheiro florestal da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), Jackson Medeiros lembra que, em propriedades com vegetação amazônica, é permitido desmatar apenas 20% do território. “É importante que essas reservas sejam continuas e formem corredores porque, se forem fragmentadas, corre o risco de os animais se deslocarem por grandes plantações, por exemplo, o que não é aconselhável”, ressalta.

Ainda de acordo com Jackson, quando são detectadas infrações, a punição vai de aplicação de multas até o embargo da área. No caso de ser um local onde o desmatamento é permitido, o proprietário até consegue regularizar sua situação. Caso contrário, vai receber um prazo para recuperar a vegetação devastada.

“É preciso trabalhar na terra, mas com um certo cuidado. Por isso, existe a necessidade de todo um planejamento e de leis, fazendo com que o processo aconteça sem prejudicar o meio ambiente”, justifica o engenheiro, lembrando que o desmatamento de forma indevida causa impacto no clima, alteração o regime de chuvas e prejudicando a flora e fauna local.

Saúde ligada ao meio ambiente

Médico em Sinop (500 km de Cuiabá), Milton Malheiros afirma que o desmatamento também afeta diretamente a saúde das pessoas que vivem nas cidades. Pensando nisso, ele deu início, junto com parceiros, ao projeto Floresta Urbana, que incentiva o plantio de árvores no município.

A ação já dura há cerca de 10 anos e foi criada a partir de uma pesquisa sobre a umidade relativa do ar. “Percebemos que as doenças respiratórias explodem na época da seca, porque as vias aéreas têm defesas úmidas. A entrada do oxigênio árido, diminui essa umidade e, consequentemente, as defesas”, diz o especialista.

O médico ainda explica que uma árvore libera entorno de 100 litros de água na atmosfera e faz o trabalho de, aproximadamente, 10 umidificadores artificiais. Por conta disso, plantar mais delas é uma questão de saúde pública.

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