O potencial da agroindústria em Mato Grosso esteve no centro das discussões do seminário “A Força do Campo”, realizado na quinta-feira em Cuiabá. Promovido pelo governo do Estado e o Banco Santander, o evento reuniu políticos, produtores rurais e empresários ligados à cadeia do agronegócio no Estado.
“Estamos aqui por uma razão muito clara: a vocação agroindustrial do Estado”, disse o presidente do Banco Santander no Brasil, Sérgio Rial, um dos palestrantes do evento.
Com passagem por grandes empresas do agronegócio como Marfrig e Cargill, Rial é responsável por conduzir a entrada do banco no setor rural. Em 2016, a participação da instituição no crédito rural somou R$ 40,5 bilhões. Só neste ano, Mato Grosso ganhou três agências exclusivas para produtores rurais nos municípios de Primavera do Leste, Canarana e Campo Novo do Parecis.
Em sua fala, o executivo defendeu a necessidade de mais capacitação e disse que o Estado pode se tornar um centro de referência em tecnologia agrícola. “As universidades deveriam investir nisso, criar verdadeiros centros de excelência voltados ao agronegócio”, declarou.
Segundo ele, o Brasil precisa ter uma mentalidade “como a de uma indústria farmacêutica”. “Precisamos patentear essas descobertas. Precisamos proteger nossa propriedade intelectual e Mato Grosso tem potencial para ser o provedor dessa transformação”.
Reunião
Depois da cerimônia de abertura, da qual participou o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, Rial se reuniu com o governador do estado Pedro Taques (PSDB) e com o secretário estadual de Fazenda (Sefaz), Gustavo Oliveira. Em pauta, a criação de um instituto voltado para o conhecimento agrícola e tecnológico. “Esse tipo de investimento dá um grande retorno, veja o exemplo dos centros universitários dos Estados Unidos. Além da indústria do cinema, os EUA conseguiram outro grande feito: promover o conhecimento”, disse.
