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MT: cobertura vacinal contra a polio atinge apenas 50% do público alvo

Campanha termina nesta sexta-feira (30) e a estimava era que fossem vacinadas 227.559 crianças menores de cinco anos

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MT: cobertura vacinal contra a polio atinge apenas 50% do público alvo
(Foto: Divulgação / SES-MT)

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite termina nesta sexta-feira (30) e a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) alerta que a baixa adesão à imunização contribui para o retorno da doença no país, que há 32 anos não registra casos do vírus.

Conforme dados do Ministério da Saúde, até o momento, a cobertura vacinal no Estado está em 52%, percentual que preocupa a SES, visto que o Governo Federal preconiza uma cobertura vacinal de 95%.

A estimava para esta campanha era de que fossem vacinadas 227.559 crianças menores de cinco anos de idade, no entanto, foram imunizadas, até esta quarta-feira (28.09), um total de 119.517 crianças dessa faixa etária.

Segundo sistema do Ministério da Saúde, somente 34 municípios do Estado estão com a cobertura vacinal acima de 90% e 24 municípios estão com a cobertura vacinal abaixo de 39%. O percentual dos demais municípios varia entre 41% e 88%.

“Não podemos baixar a guarda e submeter as crianças a esse vírus que causa a paralisia, entre outras sequelas. Por isso, oriento que aqueles que ainda não levaram seus filhos para vacinar procurem a unidade de saúde mais próxima para imuniza-los e, dessa forma, evitar a reintrodução desse vírus no país”, alerta o secretário adjunto de Atenção e Vigilância em Saúde da SES, Juliano Melo.

A poliomielite causa infecção da medula e do cérebro pelo poliovírus. Geralmente, são sequelas motoras e não tem cura, sendo elas: problemas e dores nas articulações; pé torto, conhecido como pé equino, que é quando a pessoa não consegue andar porque o calcanhar não encosta no chão; crescimento diferente das pernas, o que faz com que a pessoa manque e incline-se para um lado, causando escoliose; osteoporose; paralisia de uma das pernas; paralisia dos músculos da fala e da deglutição, o que provoca acúmulo de secreções na boca e na garganta; dificuldade de falar; atrofia muscular; hipersensibilidade ao toque.

Conforme a superintendente de Vigilância e Atenção à Saúde, Alessandra Moraes, a vacinação é a única forma de prevenção da Poliomielite. “A vacina existe há mais de 60 anos e é eficaz contra essa doença. Não há nada científico que aponte a ineficiência da vacina ou alguma sequela relacionada a ela”, acrescenta a gestora.

O Brasil não detecta casos de poliomielite desde 1990. Em 1994, recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) a certificação de área livre de circulação do vírus, juntamente com os demais países das Américas. No entanto, desde 2015, tem sido detectada uma progressiva queda das coberturas vacinais para poliomielite, o que pode contribuir para reintrodução do Pólio vírus selvagem e o surgimento de poliovírus derivado vacinal (PVDV), que são estirpes vezes encontradas em populações que não foram completamente vacinadas.

“Esta situação de queda da cobertura vacinal contribuiu na classificação do Brasil como País de alto risco para a poliomielite, segundo o relatório de 2021 da Comissão Regional de Certificação (CRC)”, conta Alessandra Moraes.

Confira aqui com os municípios na Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite.

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