Judiciário

Médica que atropelou verdureiro nega ter ingerido bebida alcoólica e pede perdão à família da vítima

Letícia Bertolini alegou que não viu que tinha atingido uma pessoa e disse que não fugiu do local do atropelamento.

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Médica que atropelou verdureiro nega ter ingerido bebida alcoólica e pede perdão à família da vítima
(Foto: Reprodução)

A médica Letícia Bortolini apontada como a responsável pelo atropelamento fatal que vitimou o verdureiro Francisco Lúcio Maia, em Cuiabá, negou que fugiu do local após atingir o homem. A condutora do veículo alegou que não percebeu se tratar de uma pessoa e que achou que o carro tinha sido atingido por algum objeto. Francisco tinha 48 anos quando morreu após ser atropelado em 14 de abril de 2018, na avenida Miguel Sutil.

As declarações foram feitas durante o interrogatório que aconteceu nesta quarta-feira (23), durante mais uma audiência de instrução processual do caso.

Letícia reafirmou o que foi dito pelo marido, Aritony de Alencar Menezes, durante a primeira audiência, em dezembro do ano passado. O homem disse que a mulher não bebeu naquele dia.

A médica disse que não queria ir à festa que estava acontecendo na Capital no dia do atropelamento. Porém, foi para acompanhar o marido e decidiu que dirigiria porque o companheiro já tinha ingerido bebida alcoólica na hora do almoço.

A condutora afirmou que não bebeu nada com álcool na festa. Quanto a foto que teria postado em rede social segurando um copo de uma cervejaria, Letícia alegou que o registro era uma condição para conseguir o chopp. Após conseguir a bebida, repassou a Aritony.

Devido o consumo de cerveja, o marido teria dormido assim que entrou no carro e não acordou nem mesmo após a batida do veículo em Francisco.

O atropelamento

Francisco morreu após ser atropelado na avenida Miguel Sutil, em Cuiabá (Foto: Divulgação / Rede social)

Quanto ao momento do atropelamento, Letícia disse que não sabe afirmar a que velocidade que estava dirigindo, mas alegou que não percebeu que se tratava de uma pessoa quando o veículo atingiu algo. “Estava dirigindo na pista da esquerda, estava escuro, era noite, era uma curva e só ouvi um barulho metálico do meu lado esquerdo. Quando ouvi, assustei e vi o retrovisor pendurado e depois caindo no chão”, relatou. “Não percebi que tinha acontecido um atropelamento”,complementou.

Nesse sentido, a acusada negou que tenha fugido do local do acidente. Conforme sua narrativa, seguiu o percurso para averiguar em casa o que tinha acontecido. Pouco depois de chegar à residência do sogro e observar o veículo, foi informada pela polícia sobre o atropelamento e a morte de Francisco.

Negativa do bafômetro

Na delegacia, foi proposto o teste do bafômetro e Letícia negou sua realização. De acordo com a médica, na sexta-feira, à noite, durante o jantar, ingeriu vinho. A preocupação, aproximadamente 16 horas depois, era que a testagem apontasse a existência de álcool em seu sangue.

A mesma apreensão foi sinalizada ao médico do Instituto Médico Legal (IML), quando foi proposto o teste de sangue. Contudo, o profissional fez uma avaliação visual quanto a fala, coordenação motora e hálito.

Nesse ponto, argumenta inclusive, que os olhos vermelhos seriam resultado da “rosácea”, uma doença que afeta a pele e pode também se manifestar de forma ocular.

Pedido de perdão

Ao final de seu testemunho, Letícia pediu perdão à família de Francisco e tentou argumentar que o ocorrido era algo imprevisível.

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