Maysa Leão (Republicanos) tomou posse de sua cadeira na Câmara de Vereadores de Cuiabá, nesta terça-feira (11). Suplente do partido, a agora vereadora, ocupou a vaga aberta após a cassação do Tenente coronel Marcos Paccola (Republicanos). A parlamentar elegeu a saúde para seu foco e afirmou que buscará as devidas melhorias.
A vereadora afirmou que chega à Casa empolgada com a oportunidade de atender as pessoas que votaram nela e confiaram em seu trabalho. Maysa reconheceu que chega em um momento bastante conturbado, mas importante, devido a aprovação da Leu Orçamentária Anual (LOA).
“Eu estudei muito o que foi dividido dentro das secretarias e vou acompanhar firmemente, detalhe por detalhe, porque são mais de R$ 4 bilhões de orçamento. Não falta dinheiro para Cuiabá ser uma cidade que dá dignidade para a população, mas isso não tem acontecido”, avaliou. “Vou acompanhar essa distribuição de verbas e quero vê-la sendo aplicada”, complementou.
Nesse sentido, a parlamentar elegeu a Saúde como a mais necessitada de melhorias. “A Saúde é caótica, as unidades de saúde não têm respeito pela população, as pessoas são humilhadas. Então, além da doença e de um momento difícil, ela [a população] precisa enfrentar a falta de dignidade no atendimento. Esse para mim é o principal foco”, detalhou.
Trabalho além dos gabinetes
Para Maysa é necessário também estimular uma relação mais próxima com os cuiabanos, trazendo-os para dentro da Câmara, mas também levar a Casa até os cidadãos.
“Eu espero que a Câmara tenha uma agenda mais participativa. Nós ficamos muito tempo no pós-pandemia e acredito que durou mais do que deveria e precisamos trazer as pessoas aqui para dentro e levar a Câmara para a cidade. Muita gente ainda não sabe quem são os vereadores, a população não sente que essa é casa do povo”, disse.
Uma expectativa de Maysa para começar a mudar essa realidade é fomentar o trabalho propositivo e tomando as decisões em prol do povo, independente de oposição e base dentro da Câmara.
Em 2021, Maysa substituiu o vereador Diego Guimarães (Republicanos) por 30 dias, enquanto o parlamentar se recuperava de uma cirurgia. A parlamentar teve 1.520 votos nas eleições municipais de 2020.
Decisão acertada
Questionada acerca da cassação de Paccola, a agora vereadora avaliou que a Câmara tomou a decisão que certa e esperada pela população.
O parlamentar perdeu seu mandato após a maioria dos colegas votarem a favor do relatório da Comissão de Ética, que concluiu que o tenente quebrou o decoro parlamentar.
O ex-vereador matou o agente do sistema socioeducativo, Alexandre Miyagawa, durante uma confusão, na Capital. Militar da reserva, Paccola argumentou que o homem estaria colocando em risco a vida da namorada e interveio, atirando contra o servidor público que não resistiu.
“Eu penso que realmente é um drama que acomete duas famílias. Como mãe, eu não poderia me furtar de dizer que sinto muito pela mãe do Alexandre, pela perda. E, a família do Paccola também sente o que está passando. Acho que a Casa fez certo em afastá-lo para que a gente possa olhar o coletivo e deixar que isso individualmente seja julgado pela Justiça”, argumentou Maysa. “O Paccola não foi condenado por homicídio, foi cassado politicamente, tem o direito de lutar para retornar, isso é legítimo, mas também a Casa fez o que a população esperava. A gente precisa olhar para o coletivo e parar de debater esse assunto que é individual”, finalizou.