O Museu de Arte e de Cultura Popular (MACP) realiza nesta quarta-feira (10) o lançamento da exposição “Da sonoridade à cor: o que sabemos de João Pedro Arruda?”, a partir das 20h, na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). A entrada gratuita.
Com curadoria de Jeff Keese, Ruth Albernaz, Rubens Florêncio, Thania Arruda e Luis Marchetti, o espaço que homenageará o artista cuiabano e cidadão do mundo permanecerá aberto à visitação até 30 de agosto na sala Aline Figueiredo.
A exposição expõe um recorte significativo sobre a vida e obra do artista, composta por telas, desenhos e documentos inéditos, além das trilhas musicais que o inspiravam. O documentário “Concerto em memória” também compõe a mostra com depoimentos de familiares e amigos, integrando música, audiovisual, jornalismo e artes plásticas.
João Pedro Arruda
De família tradicional cuiabana, João Pedro de Arruda Neto (1935–2013) tem, em seu currículo, a Escola de Música e Belas Artes do Paraná, o Ateliê do professor e pintor ítalo-brasileiro Guido Pellegrino Viaro e a Écolle Nationale Supérieuri des Beaux-arts, em Paris, onde viveu de 1957 e 1960.
De volta ao Brasil, realiza sua primeira exposição individual na Biblioteca do Paraná, época que apresentou, também, sua obra no Teatro Nacional de Brasília a convite da então Primeira-dama, Eloá Quadros.
Após morar por um período com o pai Nilo Ponce de Arruda, em Poconé, se encanta com a natureza pantaneira, a incorpora em suas telas e começa a pintar retratos em Cuiabá. A partir de 1966, circula com exposições em diversas cidades do país.
João Pedro Arruda também atuou como fotojornalista e colunista até 1990. Em 1994, é premiado pelo Salão Jovem Arte de Mato Grosso e expõe em Ferrara, na Itália, onde recebe o Prêmio Ricordo “Don Verità”.
Em 2003 e 2004, participa do projeto Panorama das Artes Plásticas em Mato Grosso no Século XX. Em 2013, é homenageado pelo Salão de Artes de Mato Grosso e falece no mesmo ano.