A empresa responsável por processar o lixo hospitalar em Cuiabá ficou um dia sem incinerar os materiais por conta do furto de fios elétricos.
Não é a primeira vez que isso acontece e, segundo o proprietário da WM Ambiental, Danilo Moscheta Gonçalves, a incidência do crime chega a uma vez por mês.
Além das questões econômicas que envolvem o problema, a maior preocupação do empresário é a Saúde Pública, tendo em vista que, com a pandemia do coronavírus, a demanda pelos serviços de tratamento de lixo contaminado tende a aumentar.
Hoje, quando o material não é processado no dia, fica vedado em tambores ou acomodados na câmara fria. Contudo, os espaços não são para grandes quantidades, como as que a empresa estima receber em meados de abril, que é apontado pelos especialistas como pico da doença.
Inúmeras reclamações
O empresário conta que os furtos passaram a ter mais frequência após a formação de uma ocupação ilegal nas imediações.
A cada furto, a rotina se repete, ligações sequenciais para Energisa e também para a polícia, para que o problema seja rapidamente resolvido.
O que diz a polícia?
A Polícia Civil, por meio da assessoria de imprensa, informou que não pode fazer investigações sem o registro do Boletim de Ocorrência e que não tem nenhum documento envolvendo a empresa WM Ambiental.
Já a Polícia Militar, informou que irá tomar uma série de providências. Segundo o comandante da Força Tática e adjunto do Comando Regional 1, tenente-coronel Antônio Nivaldo de Lara Filho, as rondas serão reforçadas na região.
Ele ainda relata que o serviço de inteligência será acionado para apurar o caso, levando em consideração que o cidadão apontou a periodicidade dos furtos. Lara argumenta ainda que, pelo trabalho da empresa ser considerado essencial no momento que pandemia, haverá uma atenção especial por parte dos militares.
O que diz a Energisa?
A equipe do LIVRE entrou em contato com a Energisa, mas até a publicação da reportagem não obteve retorno.
O espaço continua aberto para manifestações.