Política

Lei avalia a vocação econômica dos municípios para abertura de novos cursos na Unemat

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Lei avalia a vocação econômica dos municípios para abertura de novos cursos na Unemat

A Lei n.º 12.156/2023 que torna obrigatória a realização de estudo técnico de viabilidade para a abertura de novos cursos e turmas da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) foi sancionada pela Assembleia Legislativa. A matéria, que é de autoria do presidente da Comissão de Educação e deputado estadual Thiago Silva (MDB), vai estar associada com a vocação econômica de cada região para garantir a qualificação profissional local.

“Nós apresentamos esse projeto que tem o objetivo de todas às vezes que a Unemat for abrir um curso em algum município, antes deverá fazer um estudo de viabilidade, identificando a necessidade de mão-de-obra local e a vocação econômica de cada cidade. Verificar qual é a demanda do mercado local daquele município, quais cursos estão sendo demandados pelas empresas. Precisamos otimizar os recursos públicos, proporcionar a eficiência na gestão pública da Unemat e sermos assertivos na criação dos cursos”, explicou o parlamentar.

A lei é de autoria do deputado estadual Thiadgo Silva.

Ele citou alguns exemplos de oferta e procura de cursos em relação a um dos vestibulares lançados pela Universidade. “Em Alta Floresta, das 40 vagas de Ciências Biológicas tiveram 19 interessados. Já, em Barra do Bugres, os cursos de Engenharia de Alimentos e Engenharia de Produção – com 40 vagas cada – foram inscritos sete e 21 alunos, não completando a quantidade oferecida. Em Nova Xavantina, somente sete pessoas interessadas pelo Curso de Turismo com 40 vagas disponíveis. Entre outros municípios e, isso, é muito preocupante!”, esclarece.

Thiago Silva ressalta que era inadmissível manter essa situação, pois é preciso ter responsabilidade com o erário público. “O objetivo deste projeto é para que o custo e benefício seja viável e o governo do Estado não jogue o dinheiro fora. Nós temos uma demanda ilimitada de cursos da Unemat, porém não está sendo feito estudos para identificar realmente qual é a demanda. Tem importantes cursos ofertados, sem demanda, que poderiam ser redimensionados para Rondonópolis, Cuiabá ou em Tangará da Serra”, disse.

O deputado estadual Júlio Campos (UB) defendeu a proposta de Thiago Silva. “A Unemat hoje tem um orçamento muito grande. Mato Grosso hoje tem uma carência de mão-de-obra em muitos municípios e a Unemat oferece os mesmos cursos e alunos não têm interesse. Gaste o dinheiro onde vai ter utilidade, pois do jeito que está, nós estamos jogando dinheiro fora onde não tem aluno e não tem condições de ter esse curso”, posicionou.

Um dos princípios do estudo técnico prévio de oferta e procura será identificar a necessidade de formação de mão-de-obra e vocação econômica preponderante, sendo executado por membros da Unemat, Secretaria de Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (Secitec), Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso, Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM), Assembleia Legislativa, União das Câmaras e Vereadores de Mato Grosso.

(Com Assessoria)

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