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“Lamentar não é opção, eu só tenho que comemorar”, diz Jakson Follmann sobre recuperação

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“Lamentar não é opção, eu só tenho que comemorar”, diz Jakson Follmann sobre recuperação
Foto: Luan Cordeiro

“Eu preferi encarar a vida de frente sem ficar lamentando e creio que minha missão na terra é ajudar o próximo”, foi assim que o ex-goleiro da Chapecoense, Jakson Follmann, definiu seu propósito de vida após o trágico acidente aéreo que vitimou 71 pessoas, entre atletas, comissão técnica, dirigentes, jornalistas e tripulantes, em novembro de 2016, na Colômbia.

Follmann passou por Sinop (500 Km Cuiabá) nesta terça-feira (02) para participar – como palestrante – de um evento de fisioterapia. Em coletiva à imprensa, o ex-goleiro falou sobre a vida depois do acidente.

“Esse ainda é um assunto muito difícil, sofri mais de 13 fraturas pelo corpo, mas dentro das minhas condições eu estou muito bem. Eu tinha duas alternativas, viver me lamentando ou encarar a vida de frente. Eu preferi a segunda opção, por tudo que aconteceu, reclamar seria injustiça com as famílias, com o Brasil, até com o mundo, que rezou e que torceu pela gente”, disse.

Ele destacou ainda a importância da fisioterapia em sua vida e o quanto isso o ajudou seguir em frente.

“Eu sempre brinco que tenho dois casamentos, um com minha esposa e outra com a fisioterapia. Ela me ajudou muito e vai me auxiliar pelo resto da vida. A cada dia me redescubro graças a fisioterapia”, afirmou.

O ex-goleiro lembrou que a ajuda que recebeu após a tragédia fez toda diferença.

“Eu bato na tecla de ajudar o próximo pois acho que não podemos fugir disso, porque nós recebemos muita ajuda e isso fez uma diferença muito grande. Se eu estou aqui é porque fui ajudado, até de formas simples, mas que fizeram a diferença, uma oração, um pensamento positivo”, pontuou.

Follmann ainda contou sobre a morte do jornalista Rafael Henzel, que também foi um dos sobreviventes do fatídico acidente. O narrador tinha 45 anos e faleceu após sofrer um infarto, enquanto jogava uma partida de futebol no dia 26 de março.

“Isso pegou todos de surpresa, mas o Rafael deixou um legado muito bonito. Ajudou muita gente, escreveu um livro, fez palestras, então temos que levar só coisas boas sobre ele, coisas positivas. Assim como eu, ele também encarou a vida de frente depois do acidente”, ressaltou.

Para finalizar, o atleta que agora é embaixador da Chapecoense, declarou que faria tudo novamente e contou quais são seus planos para o futuro.

“Não me arrependo de nada na minha curta carreira ou vida pessoal. Mesmo com os obstáculos faria tudo novamente. Hoje sou embaixador da Chape e pretendo estar sempre junto ao clube, ter voz ativa, quem sabe até ser técnico um dia. Mas sem fugir da missão de ajudar o próximo”, concluiu.

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