A pedido do Ministério Público do Estado (MPE), o juiz da 10ª Vara Criminal, Jeferson Luiz Quinteiro, aumentou de R$ 9,5 mil para R$ 28,5 mil o valor da fiança para que a professora Rafaela Screnci da Costa Ribeiro responda em liberdade pelo atropelamento de três jovens em Cuiabá.
Rafaela é acusada de atropelar Myllena de Lacerda Inocencio, de 22 anos, Ramon Alcides Viveiros, 25 anos, e Hya Giroto Santos, 21 anos, na madrugada do dia 23 de dezembro, enquanto os três atravessavam a Avenida Isaac Povoas, em frente à boate Valley Pub. No dia 24, após audiência de custódia, ela pagou a fiança e foi posta em liberdade.
Das vítimas, Hya Giroto foi a única sobrevivente. Ela já passou por quatro cirurgias, mas saiu da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e se recupera bem. Myllena morreu na hora e, cinco dias depois, foi Ramon quem não resistiu aos ferimentos. Seus órgãos foram doados.
Na decisão, o magistrado argumentou que a fiança servirá, também, para o pagamento de indenização do dano causado pela bióloga. “De modo que, quanto a este quesito, a fiança arbitrada, de fato, não se mostra suficiente para garantir futura indenização. sendo lícito, portanto, o reforço da fiança”.
Madrugada fatídica
O acidente aconteceu na madrugada do domingo (23.12), na Avenida Isaac Povoas, no Centro de Cuiabá, em frente à boate Valley Pub, de onde as vítimas Myllena, Ramon e Hya tinham acabado de sair, por volta das 5h30.
A motorista Rafaela Screnci, professora de Biologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), atropelou os jovens e todos foram arremessados. Myllena caiu na frente do Renault Oroch dirigido pela bióloga e foi atropelada novamente.
A professora parou poucos metros depois, em frente à barraquinha do Zé Dog, onde foi presa. Ela passou por uma audiência de custódia, pagou fiança de R$ 9.540,00 e foi solta.
