Principal

João Emanuel é condenado a mais 13 anos e quatro meses de prisão

3 minutos de leitura
João Emanuel é condenado a mais 13 anos e quatro meses de prisão

Ednilson Aguiar/O Livre

João Emanuel e Selma Arruda

O ex-presidente da Câmara de Cuiabá, João Emanuel Moreira Lima, foi condenado a mais 13 anos e quatro meses de prisão pela juíza Selma Arruda, da Sétima Vara Criminal. Ele está detido há aproximadamente um ano e já cumpre outra pena de 18 anos de detenção.

Desta vez, o ex-vereador é acusado de praticar por 11 vezes o crime de lavagem de dinheiro. De acordo com a sentença, João Emanuel desviou cerca de R$ 1,5 milhão da Câmara de Cuiabá por meio de um contrato com a Gráfica Propel.

“O esquema foi tão descarado que parte dos valores foi utilizada diretamente pelo acusado João Emanuel na entrada do pagamento da compra de um veículo de luxo, na aquisição de pacote para viagem internacional do referido acusado e alguns familiares, na reforma da casa de seu ex-sogro (o ex-deputado estadual José Riva), dentre outros”, escreveu a magistrada.

Além de João Emanuel, foram condenados Guedey Araújo, ex-assessor parlamentar do ex-vereador, e Lucas Henrique do Amaral, ex-secretário de Gestão Financeira da Câmara de Cuiabá.

Guedey cumprirá seis anos e oito meses de prisão e Lucas Henrique três anos e oito meses – este último iniciará o cumprimento da pena já em regime aberto, de acordo com a sentença. Ambos são acusados de terem trocado cheques da Câmara de Cuiabá destinados à Gráfica Propel diretamente na boca do caixa e levado o dinheiro para João Emanuel.

Segundo a juíza, Guedey e Lucas Henrique chegaram a confirmar a prática, mas afirmaram desconhecer a origem ilícita do dinheiro. O argumento, todavia, não convenceu Selma Arruda.

Já João Emanuel, em depoimentos prestados à juíza, teria negado veementemente as acusações.

Absolvição

Na denúncia, o Ministério Público Estadual (MPE) ainda acusou outras duas pessoas: Gleisy Ferreira de Souza e Luciano Cândido Amaral, pai de Lucas Henrique.

Gleisy era, supostamente, a pessoa que emitia cheques da Propel em favor de Guedey Araújo para que ele os trocasse em favor de João Emanuel. O processo em relação a ela, todavia, encontra-se suspenso, conforme destacado pela juíza na decisão.

Já Luciano seria o proprietário do carro de luxo através do qual João Emanuel teria simulado uma compra para lavar parte do dinheiro – cerca de R$ 170 mil – desviado da Câmara. A juíza entendeu, entretanto, que não ficou devidamente comprovado que a transação de venda do veículo tenha sido realmente simulada ou se ela, de fato, ocorreu. Por conta disso, Luciano foi absolvido.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros




Como você se sentiu com essa matéria?
Indignado
0
Indignado
Indiferente
0
Indiferente
Feliz
0
Feliz
Surpreso
0
Surpreso
Triste
0
Triste
Inspirado
0
Inspirado

Principais Manchetes