O preço da passagem do transporte coletivo irá aumentar até 20%, se o modelo de imposto único for implantado no país. A mudança mexeria em uma série de benefícios em vários impostos em vigor, que mantêm a tarifa menos cara. Hoje, existem vários impostos no país, com cobranças diferentes.
A Associação Nacional dos Transportes Coletivos (ANTP) diz que os custos do setor ficaram em um mesmo patamar, já que todos serviços e produtores teriam a mesma cobrança de imposto.
Para as empresas do transporte coletivo, o imposto único valeria para o preço do diesel, os gastos com a manutenção dos veículos e o pagamento de salário dos funcionários, por exemplo. A uniformidade refletiria, inevitavelmente, no preço das passagens.
“Historicamente, o impacto dos tributos no setor era de 32,3%. A partir de 2013 o setor teve desoneração muito significativa na carga tributária, em função das manifestações sociais contra o reajuste das tarifas do transporte público”, disse o diretor da ANPT, Marcos Bicalho.
A estimativa da ANPT saiu dos custos de hoje com o transporte coletivo em 5 cidades no país. O preço da passagem com a conversão de imposto subiu hipoteticamente entre 18,25% e 20,52%.
Se aplicadas essas porcentagens na tarifa atual de R$ 4,95 em Cuiabá, o preço varia entre R$ 5,84 e R$ 5,98.
A taxa do imposto único em estudo no Congresso está em 25%. Todos as atividades econômicas no Brasil passariam a pagar essa alíquota pela venda ou compra de produtos e serviços. A proposta está na PEC nº 45/2019.
