Crônicas Policiais

Igreja é invadida, tem o sacrário arrombado e hóstias são jogadas no chão

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Igreja é invadida, tem o sacrário arrombado e hóstias são jogadas no chão
(Foto: Suellen Pessetto/ O Livre)

Fiéis da Igreja São João Batista, localizada no bairro Grande Terceiro, em Cuiabá, tiveram uma surpresa desagradável na última quarta-feira (19). Ao chegar para a missa, constataram que o local havia sido invadido, que o sacrário estava arrombado e que as hóstias que estavam guardadas nele estavam jogadas pelo chão.

Uma fiel, bastante abalada, descreveu a fatalidade em um grupo de amigos no WhatsApp. Ela narrou que “os indivíduos entraram na igreja, arrombaram o sacrário e jogaram Jesus Eucarístico no chão”.

A mulher finalizou a mensagem pedindo oração pelo “momento tão difícil”. Ela pediu para não ser identificada na matéria.

Também foi percebida a falta de uma sanduicheira e de um aparelho de data-show. Contudo, ressaltou que “o mais grave, foi a violação ao Sacrário” – para os católicos, a hóstia consagrada é o corpo de Jesus Cristo.

Outro membro da comunidade, que também pediu para não ser identificado, disse ao LIVRE que a paróquia preferiu não registrar um boletim de ocorrência para “não criar alarde”, já que a perda foi mais sentimental do que financeira.

Morador do bairro Jardim Europa há mais de 30 anos, ele disse que nunca tinha acontecido um fato como esse na comunidade e lamentou o aumento dos números de casos de violência. “Todos estão muito chateados, abalados com o ocorrido”.

[featured_paragraph]“Cremos que [a hóstia] é o próprio corpo de Cristo. Para a gente, aquilo não é simbólico, é real. Quando [o sacrário] foi violado, o corpo de Cristo também foi”, lamentou.[/featured_paragraph]

“Para nós que somos católicos, é uma dor no coração. Mas, ao mesmo tempo, temos que pensar como Jesus: ‘Eles não sabem o que fazem’. Para nós aquilo é um local sagrado”, complementou.

O LIVRE entrou em contato com a padre Orivaldo Egidio da Silva, que disse ter ficado revoltado quando soube da situação. Contudo, se preocupou em cuidar do sacrário. “Chamei o padre Lucivan para iniciar os procedimentos. Arrumar o sacrário e as hóstias consagradas”, relatou o pároco da comunidade.

O padre relatou que sentiu tristeza e dor, por terem violado algo sagrado. Adiantou que essa foi a segunda vez que acontece um cas desse na comunidade e desabafou. “Quanto mais segurança, parece que piora”. Ele ainda disse que não culpa a polícia pelo ocorrido. “São poucos para atender uma região tão grande”, defendeu.

Com 17 anos de ministério, o padre disse que os membros da comunidade também ficaram revoltados com a situação. Mas que ele prontamente tratou de acalmar os ânimos. “Nosso caminho não é esse”, finalizou o sacerdote.

O caso foi confirmado pelo Ten. Cel. Bastos, da base da Polícia Comunitária da Av. Beira Rio, localizada no bairro vizinho ao da Igreja.

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