O governador Pedro Taques reagiu rápido ao Tribunal de Contas do Estado, que ontem anunciou uma ação contra a Secretaria de Fazenda por omissão de dados relativos às exportações.
Na noite de segunda, por meio do grupo de WhatsApp do site Midianews, Taques disse que o TCE “está se permitindo rebaixar mais uma vez”, citando os escândalos de venda de vagas de conselheiros e os esquemas do ex-governador Silval Barbosa.
“Agora, [o TCE] se permite servir de trampolim (ou seria puleiro ?) eleitoral para o seu presidente, auto-declarado candidato, chamar para si holofotes em ações politiqueiras, midiáticas e desprovidas de valor real”, escreveu o governador.
Por trás da briga, estão as eleições de 2018. O presidente do TCE, Antônio Joaquim, não esconde a vontade de se candidatar em 2018 e poderá ser um adversário do governador. Se antes as movimentações e atritos entre os dois grupos eram velados, agora está tudo escancarado.
“Nada justifica que, ao invés de analisar os dados e sistemas de controle, querer acesso a CPFs e valores individuais. Não interessa a eles os processos, mas sim os nomes. Quer prospectar CPFs com que interesse ? Avaliando o potencial dos contribuintes para Futuras doações de campanha? Muito estranho tudo isso”, finalizou o governador.
Veja a íntegra da postagem do governador:
“O TCE MT, a meu ver está se permitindo rebaixar mais uma vez.
A primeira vez aconteceu quando permitiu as negociatas de venda de vagas, antes veladas e agora Reveladas por denúncias que pipocam a todo lado. Ali teve de tudo pra ocupar vaga, até Conselheiro hereditário.
A segunda vez foi quando permitiu que todas as negociatas do Governo Silval (antes supostas e agora expostas) acontecessem embaixo das suas barbas, seja por conivência ou por incompetência. Cabe a ressalva de que o TCE esteve presente na Secopa, com auditores permanentes lá, com este mesmo modelo “inovador” de auditoria durante a execução. Deu no que deu: obras de péssima qualidade, sem prazos, com descontrole total. Sobrou pra gente organizar essa zona.
Agora, se permite servir de trampolim (ou seria puleiro ?) eleitoral para o seu presidente, auto-declarado candidato, chamar para si holofotes em ações politiqueiras, midiáticas e desprovidas de valor real.
Nada justifica que, ao invés de analisar os dados e sistemas de controle, querer acesso a CPFs e valores individuais. Não interessa a eles os processos, mas sim os nomes. Quer prospectar CPFs com que interesse ? Avaliando o potencial dos contribuintes para Futuras doações de campanha? Muito estranho tudo isso.”