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“Governo Taques definhou fortemente em pouco tempo”, diz senador Medeiros

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“Governo Taques definhou fortemente em pouco tempo”, diz senador Medeiros

Ednilson Aguiar/Olivre

senador José Medeiros

Senador evita cravar oposição do Podemos a Taques em 2018

O senador José Medeiros (Pode) avalia que a gestão do governador Pedro Taques (PSDB) “se perdeu completamente” com os escândalos de “ordem ética”, como os casos da Operação Rêmora e dos grampos, e também com os problemas enfrentados na Saúde.

“Pedro entrou como se fosse aquele halterofilista extremamente ‘bombado’, mas perdeu massa muscular e gordura instantaneamente. Definhou muito fortemente, em pouco tempo”, afirmou o senador ao LIVRE. Medeiros evita cravar se seu partido, o Podemos, irá fazer oposição a Taques nas eleições de 2018.

O Ministério Público Estadual (MPE) desbaratou um esquema de desvios na Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc) e deflagrou a Rêmora em maio de 2016, no segundo ano do governo Taques. O MPE identificou que o grupo criminoso, que incluiria o então secretario Permínio Pinto, cobrava propina de empresários e atuava para fraudar licitações de construção e reforma de escolas da rede pública.

No caso dos grampos, policiais militares seriam responsáveis por interceptar clandestinamente telefones de diversas autoridades e pessoas de interesse da cúpula do governo Taques, desde as eleições 2014. Quatro ex-secretários foram presos preventivamente, incluindo o ex-chefe da Casa Civil Paulo Taques, primo do governador, apontado como um dos líderes dos grampos.

“O azar foi tão tremendo que teve um momento em que eu pensei: ‘bom, agora só falta prender o Pedro’”, afirmou Medeiros. O senador classificou como “falta de habilidade” o modo como o governo tem lidado com as crises. “Esse programa ‘fala que eu te escuto’ queimou gordura e vai voltar para o debate durante as eleições”, completou.

Infraestrutura e Saúde
Um dos principais programas da gestão estadual, o Pró-Estradas é visto com reticência por Medeiros.

“Pedro Taques fala, ‘olha, eu fiz quase 3 mil quilômetros de asfalto’. Isso vai vir para o debate na eleição, e as pessoas vão ver se esse asfalto foi feito. Se lá no debate descobrirem que esses 3 mil quilômetros de asfalto não são efetivamente de asfalto feito, que nesse meio tinha recapeamento, lama asfáltica e etc, vai ser mais uma gordura que vai perder”, projetou o senador.

Medeiros ainda avaliou que as dificuldades enfrentadas pela Saúde também devem repercutir em 2018. Neste ano, o governo acumulou dívidas com os hospitais regionais e com os municípios, gerando uma crise.

“Nas duas eleições passadas, o Pedro era o novo, simbolizava tudo que eu quero para a política de Mato Grosso. Dessa vez, ele vai disputar a eleição como ‘o político’, porque até então ele entrava como um ‘outsider’. Agora, ele vai disputar como político e como todos os outros, com todos os desgastes”, disse o senador.

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