O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) cumpre, na manhã desta quarta-feira (21), mandados de prisão contra policiais militares supostamente envolvidos na entrada de um freezer “recheado” de celulares na Penitenciária Central do Estado.
A princípio, a operação está sendo mantida em sigilo pelo Ministério Público. A assessoria da Polícia Miliar, porém, confirmou que a Corregedoria já acompanha as prisões e a investigação.
No dia 6 de junho, 86 celulares, dezenas de carregadores, chips e fones de ouvidos foram entregues na PCE, localizada em Cuiabá, dentro de um freezer.
Investigações da Polícia Civil apuraram que cerca de 40 minutos após a entrega, três policiais militares foram à penitenciária e se reuniram com os diretores e com o preso que receberia os produtos.
No dia 18, a própria Polícia Civil, por meio da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), cumpriu sete mandados de prisão. A Operação Assepsia apurava o envolvimento de policiais, diretores da PCE e membros do Comando Vermelho na entrega.
Os presos foram na ocasião: Revetrio Francisco da Costa, diretor da PCE, Reginaldo Alves dos Santos, sub-diretor da PCE, Cleber de Souza Ferreira, ten. PM – 3º BPM, Ricardo de Souza Carvalhaes de Oliveira, sub ten. PM – Rotam, Denizel Moreira dos Santos Jr., cabo PM – Rotam, Paulo Cesar da Silva, vulgo “Petróleo”, preso – Comando Vermelho, e Luciano Mariano da Silva, vulgo “Marreta”, preso – Comando Vermelho.
Outro lado
Em nota, o Comando Geral de Polícia Militar informou que a Corregedoria está acompanhando e auxiliando os agentes do Ministério Público Estadual. Além disso, a Polícia Militar também instaurou procedimentos investigatórios, sendo um Inquérito Policial Militar (IPM) e uma sindicância, ambos estão em tramitação.
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