Fogo atinge prédio residencial no Jardim das Américas

Um incêndio atingiu um apartamento no edifício América Central, na rua Buenos Aires, no bairro Jardim das Américas, em Cuiabá.

Segundo o Corpo de Bombeiros, a moradora relatou que havia esquecido uma vela acesa no apartamento e que a mesma teria provocado o fogo no 14º andar do edifício. 

As chamas foram controladas rapidamente e o fogo não se alastrou.  Também não há registro de vítimas. “O que mais preocupa nesse tipo de ocorrência são as pessoas que ficam nos apartamentos e podem vir a óbito por inalar muita fumaça”, disse o coronel Átila Vanderley da Silva.

Hayde Cordeiro da Silva, 89 anos, mora no edifício já 17 anos. Cadeirante, recebeu ajuda dos vizinhos para descer do décimo andar. “Foi tudo muito rápido”, lembra. 

Bastante assustada, conseguiu tirar sua gata Sol que a acompanha há 11 anos, mas, estava preocupada com o Dengo, um gatinho de rua que adotou e que infelizmente não conseguiu resgatar.

“Mas creio que vai dar tudo certo. Os Bombeiros foram muito prestativos”, disse.

A amiga e vizinha de Hayde, Nazita Prado, moradora do sétimo andar, disse que só teve tempo de molhar um pano para ajudar na respiração.

“Já havia muita fumaça e eu só pensava na minha amiga (Hayde). Os vizinhos se ajudaram, no prédio são pelo menos cinco cadeirantes”, explica.

Essa não é a primeira vez que Nazita passa por uma situação semelhante. Há 20 anos, no edifício Lyon, próximo ao Pronto Socorro de Cuiabá, o apartamento ao lado do dela pegou fogo.

“Perdi tudo, meus móveis foram todos queimados e roupas também. Hoje, dos males, foi o menor”, explica.

Conforme o coronel Átila, essas ocorrências são rotineiras e aconselha que as famílias não acendam velas em casas ou apartamentos. “Isso pode causar uma destruição muito grande. O incêndio poderia ter causado prejuízos maiores com o fogo se alastrando”.

Dois veículos que impediam a passagem das viaturas do Corpo de Bombeiros foram quebrados por moradores e pessoas que passavam no local. “Eles quebraram os veículos para que as viaturas pudessem estacionar e conectar ao hidrante”, alegou o coronel.