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“Falta posicionamento e comunicação para o agro deixar de ser atacado como vilão”, alerta especialista

As considerações foram feitas pelo comunicador durante o painel “Comunicação no Agro – potencializando o setor”.

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“Falta posicionamento e comunicação para o agro deixar de ser atacado como vilão”, alerta especialista

Mesmo sob a legislação ambiental considerada como uma das mais rigorosas do mundo e com uma produção sustentável e cada vez mais tecnológica, os produtores rurais mato-grossenses e do Brasil, ainda vivem a grande pecha de serem tratados como “vilões” da questão ambiental. Para o publicitário e empresário Frederico Parma, que é sócio-diretor do Grupo ZF, o problema enfrentado pelo agro se dá pela falta de estratégias de comunicação e posicionamento, ainda pouco explorado pelo segmento.

“Somos uma liderança tecnológica que alimenta o mundo, mas a imagem que se propaga é a do desmatamento. Esse ataque constante, tratando o setor do agronegócio como vilão ainda acontece porque falta posicionamento e comunicação”, avalia Frederico Parma.

As considerações foram feitas pelo comunicador durante o painel “Comunicação no Agro – potencializando o setor”, que foi realizado no primeiro dia 3º Encontro Elas no Campo, nessa quinta-feira (29), no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá.

Demonstrando vários exemplos de como a comunicação pode melhorar a imagem do setor, Parma destacou que as narrativas que imprimem uma imagem ruim contra o agronegócio devem ser combatidas, mas mostrando o que de fato acontece na produção agropecuária.

“Parte dessa narrativa se dá em razão do agronegócio brasileiro estar no centro de uma guerra comercial. A produção brasileira incomoda os grandes produtores internacionais, então se torna alvo de ataques que tentam atrelar sua produtividade e alto desempenho ao desmatamento ilegal, o que não é verdade”, aponta.

Frederico Parma também demonstrou que é possível fazer uma comunicação estratégica e assertiva que promova o agronegócio e agregue valor à produção. Ele citou como exemplo o Café de Colômbia, que há 60 anos é propagado no mercado internacional como “o melhor café”. A iniciativa partiu da Confederação Nacional dos Cafeicultores (CNF) da Colômbia, e é considerado um dos principais exemplos de comunicação institucional que valoriza um produto nacional.

“Também o agronegócio brasileiro, principalmente, o mato-grossense, por ser o maior produtor de commodities agrícolas do país, tem condições de se posicionar em defesa do setor. Para isso, é fundamental criar e executar um plano de comunicação de forma constante; anunciar em mercados importadores com potencial de valor agregado e também buscar formatos de comunicação diferenciados”, enfatiza.

No Grupo ZF, Frederico Parma destaca a atuação junto a importantes marcas do agronegócio e que tem produzido conteúdo que combatam a desinformação ou a imagem negativa que são propagadas contra o setor.

“A comunicação empresarial tem funcionado muito bem, mas ainda é um movimento pequeno se comparado ao tamanho que o setor para o Estado e para o país. Por isso, é importante que essa estratégia se estabeleça de forma institucional e constante, para agregar valor como um todo”, finaliza.

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