Crônicas Policiais

Falta de comunicação faz com que policiais não reajam e tenham armas roubadas

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Falta de comunicação faz com que policiais não reajam e tenham armas roubadas
Foto: PJC

A falta de comunicação dentro da própria polícia fez com que policiais do Garra (Grupo Armado de Resposta Rápida) não reagissem a uma ação de bandidos. Com isso, eles tiveram armas roubadas e correram risco de vida. Tudo aconteceu em uma ação de repressão a um suposto roubo a banco em Juruena (900 km de Cuiabá), no fim do sábado (28).

A Polícia Civil, por meio do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), recebeu a informação de um possível furto qualificado que aconteceria em Juruena e encaminhou policiais do Garra de Juína (730 km da Capital) na sexta-feira (27) para a cidade, com o objetivo de monitorar os suspeitos, entre eles um já identificado, conhecido como “Huck”.

Na cidade, no sábado (28), por volta das 21 horas, os policiais receberam a informação de que os suspeitos permaneciam na cidade e se dividiram em dois grupos: um que faria o monitoramento a pé e o outro com uma caminhonete S10 descaracterizada.

Conforme o boletim de ocorrência, os dois policiais que estavam a pé foram até a proximidade do banco Sicredi, à paisana, onde ficaram vigiando. Por volta das 23 horas, um veículo Ford Ka de cor branca se aproximou da rua dos fundos da agência e ficou passando várias vezes no local.

Porém, a equipe teve a informação de que policiais militares também estavam monitorando a área com veículos descaracterizados, mas não sabiam quais eram os veículos utilizados e, por isso, não sabiam se reagiam, ou não.

Um dos policiais que estavam a pé enviou uma mensagem no grupo criado para a operação do furto ao banco, perguntando se esse poderia ser um dos carros que os militares estavam utilizando. O carro chegou a parar próximo dos policiais e dois homens ficaram olhando para eles, porém, na sequência, se afastaram.

Por precaução, os civis resolveram se afastar da agência. Cerca de cinco minutos depois, quando os policiais já estavam um pouco mais distantes da agência, o Ford Ka surgiu e se aproximou deles.

“Do veículo saíram quatro indivíduos armados, dos quais não soubemos discernir se eram policiais ou suspeitos”, consta no boletim de ocorrência.

Temendo por estar mais próximo do veículo, um dos policiais correu em direção oposta, conseguindo fugir do local. Enquanto fugia, o policial deixou cair uma mochila com uma arma longa, com 30 munições e um carregador também com munições.

Já o outro policial, que estava dentro de um terreno baldio, foi revistado pelos homens que estavam no carro. Eles levaram duas armas, quatro carregadores de armas carregados de munições, um carregador vazio e um celular.

Durante a abordagem, os criminosos disseram que eram policiais e, por isso, o civil evitou reagir. Porém, a todo momento, ele ouviu ordens do suspeito que já era conhecido pela equipe, vulgo Huck, dizendo “que era para atirar na cabeça caso o policial reagisse”, diz trecho do boletim de ocorrência.

O policial que correu ainda caiu e ficou com algumas escoriações pelo corpo. O caso foi registrado como roubo.

Depois, já no domingo (29), uma nova operação foi realizada, dessa vez em conjunto entre a Polícia Civil e a Militar, em busca de encontrar os suspeitos tanto do assalto a banco, quanto da abordagem aos policiais. Uma pessoa foi presa e outras quatro foram reconhecidas como participantes dos crimes e seguem foragidas.

Além disso, diversos materiais que seriam utilizados para o roubo a banco, e o Ford Ka em que estavam os quatro suspeitos que renderam os policiais, foram apreendidos.

 

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