O ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues da Silva, foi denunciado pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPE). O órgão entendeu que Célio fez parte de uma organização criminosa que agiu dentro da Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP), e conseguiu desviar R$ 3,2 milhões.
O grupo seria composto por ao menos 11 pessoas. As outras 10 também foram denunciadas. Dentre os crimes atribuídos a eles estão associação criminosa, ocultação de documentos públicos e inserção de informação falsa no sistema público.
A organização é investigada na Operação Hypnos, deflagrada no dia 9. Célio Rodrigues da Silva, que também já foi diretor da Empresa Cuiabana de Saúde, está preso desde então. A Justiça autorizou a prisão dele pelas acusações de peculato, contratação indevida e lavagem de capitais.
Conforme a investigação, a secretaria de saúde teria comprado, em 2021, cerca de R$ 2,7 milhões em medicamento da empresa Remocenter. O pagamento teria ocorrido como indenização, modelo que não obriga a prefeitura a prestar contrato de compra e quitação da dívida.
A Hypnos usou como base de investigação um relatório da Controladoria Geral do Estado (CGE) que apontava para indícios de desvio de dinheiro na Empresa Cuiabana. Foi o órgão que identificou o pagamento da indenização à Remocenter.
Mais tarde, os investigadores disseram que descobriram uma “organização criminosa instalada na Saúde do município”. O grupo faria “falsas aquisições de medicamentos superfaturados e sem comprovação de recebimento”.
Os outros indiciados pelo Ministério Público são: Eduardo Pereira Vasconcelos, Gilmar Fortunato, João Batista de Deus Junior, João Bosco da Silva, João Victor da Silva, Jussiane Beatriz Perotto, Maurício Miranda de Mello, Mônica Cristina Miranda dos Santos, Nadir Ferreira Camargo Soares da Silva, Raquel Proença Arantes.