Crônicas Policiais

Empresário é preso em MT acusado de explorar sexualmente funcionária adolescente

Adolescente de 16 anos afirmou que recebia moradia em troca de sexo e que patrão também lhe dava drogas

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Empresário é preso em MT acusado de explorar sexualmente funcionária adolescente
(Foto: Christiano Antonnucci / Secom-MT)

Um empresário de 55 anos foi preso ontem (10) acusado de explorar sexualmente uma funcionária de 16 anos. O suspeito tem uma loja de variedades e um hotel em Sorriso (400 km de Cuiabá).

O caso foi descoberto após ex-funcionárias do suspeito procurarem a Polícia Civil e relatarem episódios de assédio, constrangimento e importunação sexual no ambiente de trabalho.

Uma vítima, de 17 anos, narrou que o suspeito trancou a porta do local onde ela trabalhava, depois que a adolescente, acidentalmente, quebrou um objeto. O empresário teria a assediado e a beijado, mas ela esquivou. Depois, ele teria dito que a vítima poderia pagar de outra maneira o prejuízo causado.

Outra vítima relatou que o empregador ordenou que ela se trocasse e usasse uma roupa mais justa. Enquanto ela trocada, ele teria tentado forçar entrada no banheiro em que ela estava, além de ter lhe apertado o braço na intenção de intimidá-la, quando ela disse que o denunciaria. Em outro relato, uma vítima declarou que o suspeito a ordenou que ficasse nua, quando ele desconfiou de que estaria sendo furtado.

Uma das vítimas começou a ser ameaçada pelo suspeito, que mandou mensagens dizendo que colocaria alguém para pegá-la porque ela estava tentando roubá-lo. Diante das ameaças, a equipe de policiais civis realizou diligências e localizou o empresário na tarde de ontem (10), no local de trabalho, e o conduziu em flagrante à delegacia.

Na empresa, os investigadores encontraram uma adolescente, de 16 anos, que, de acordo com o relato das outras vítimas, estava sendo explorada sexualmente pelo agressor, que lhe fornecia moradia em troca de sexo, além de lhe dar drogas. A vítima confirmou as informações.

A delegada Jéssica Assis destaca que o caso investigado evidencia a cultura do estupro no ambiente de trabalho e a naturalização da violência.

“Toda essa situação criminosa foi tratada pelo suspeito como uma prerrogativa decorrente da relação patronal, e pelas vítimas, como um percalço inevitável da dinâmica empregador e empregado, que deve simplesmente ser aturado. São jovens iniciando sua jornada profissional, já tão prematuramente repleta de máculas de exploração, violência, humilhação e truculência”, pontuou a delegada responsável pelo Núcleo da Mulher.

O acusado responderá pelos crimes de ameaça, violência psicológica e exploração sexual de adolescente.

(Com Assessoria)

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