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Emanuel prorroga intervenção na CAB Cuiabá por mais 45 dias

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Emanuel prorroga intervenção na CAB Cuiabá por mais 45 dias

O prefeito Emanuel Pinheiro prorrogou a intervenção na CAB Cuiabá por mais 45 dias. A empresa é responsável pelos serviços de água e esgoto e está sob intervenção há um ano, acusada pela prefeitura de descumprir itens do contrato de concessão. 

“Cuiabá não será laboratório. Não será cobaia de ninguém”

Em entrevista à imprensa na manhã desta quinta (25), Emanuel disse que a RK Partners, empresa interessada em assumir a gestão do saneamento, ainda não apresentou atestados de capacidade técnica e operacional. “Não vou entregar para uma operadora que não tem know how“, anunciou. “Até agora, só conversei com banqueiro. Quero conversar com quem vai ficar aqui e operar o sistema”, disse.

A RK é uma das credoras do Grupo Galvão, principal acionista da CAB Cuiabá que entrou em recuperação judicial em 2015. A empresa promete investir R$ 1,27 bilhão em Cuiabá nos próximos cinco anos, mas pretende delegar a operação do sistema à empresa norte-america CH2M. “Cuiabá não será laboratório. Não será cobaia de ninguém”, frisou o prefeito. 

Ednilson Aguiar/O Livre

CAB Cuiabá

Funcionários da CAB Cuiabá trabalhando em obra


Entenda o problema da CAB

A privatização do saneamento em Cuiabá ocorreu em 2012, na gestão do ex-prefeito Chico Galindo (PTB). Três anos depois, em 2015, o Grupo Galvão, principal acionista da CAB, entrou em recuperação judicial. Enquanto isso, o serviço de água e esgoto de Cuiabá vinha sendo alvo de constantes reclamações da população.

“Até agora, só conversei com banqueiro. Quero conversar com quem vai ficar aqui e operar o sistema”

Em 2016, uma auditoria da prefeitura, ainda sob gestão de Mauro Mendes (PSB), identificou que a CAB Cuiabá não cumpriu metas previstas no contrato de concessão e cometeu falhas no abastecimento de água da capital, além de outras irregularidades.

Como consequência, em maio do ano passado, Mendes determinou uma intervenção na empresa, afastando diretores e suspendendo pagamentos à CAB. Em novembro, foi anunciado que a RK Partners assumiria o controle dos serviços, e a empresa começou a trabalhar com uma equipe de 50 pessoas para preparar a transição. 

Após assumir em janeiro de 2017, Emanuel determinou que a Procuradoria-Geral do Município fizesse uma avaliação de conformidade nos contratos da concessão a fim de embasar sua decisão. Desde então, a prefeitura e a RK Partners negociam.

Próximos passos
Ao fim do prazo de 45 dias, a prefeitura terá as seguintes possibilidades: a primeira é romper o contrato com a CAB, o que significaria uma saída definitiva da empresa da gestão dos serviços. Se essa for a decisão, será preciso definir se haverá nova licitação para que outra empresa assuma o saneamento ou se a gestão será retomada pela prefeitura de Cuiabá. A segunda opção será manter a operação da CAB, agora sob administração da RK Partners. 

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