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Emanuel Pinheiro não sabe se irá depor na CPI do Paletó

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Emanuel Pinheiro não sabe se irá depor na CPI do Paletó

Ednilson Aguiar/Olivre

Prefeito Emanuel Pinheiro

Prefeito ainda avalia se irá prestar depoimento sobre o vídeo em que aparece recebendo maços de dinheiro

O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) não confirmou se irá, ou não, comparecer à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que o investiga, conhecida como CPI do Paletó. De acordo com Emanuel, o foco é fazer sua defesa no inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) e a questão na Câmara Municipal ficaria em segundo plano.

“Eu não decidi isso ainda. Eu estou focado no processo em si, porque é lá que eu vou provar que nada tenho a ver com isso”, disse ele, nesta segunda-feira (29). O prefeito afirmou que conversa com os responsáveis por sua defesa, coordenada pelo advogado André Stumpf Jacob Gonçalves. Emanuel disse não querer “atrapalhar a autonomia da Câmara”.

A comissão investiga os fatos citados pelo ex-governador Silval Barbosa em sua delação premiada. A principal motivação é o vídeo em que Emanuel foi flagrado recebendo maços de dinheiro que seriam referentes a um mensalinho pago a deputados estaduais, cargo que o atual prefeito ocupou entre 2011 e 2017. A defesa de Emanuel afirma que o dinheiro seria o pagamento por uma pesquisa realizada por seu irmão, Marco Polo Pinheiro, sócio do Instituto Mark de Pesquisas e Opinião Pública. Já o prefeito não dá qualquer explicação para o fato.

A gravação foi feita pelo chefe de gabinete do ex-governador, Silvio Cesar Correa Araújo, que também fechou acordo de colaboração com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Tanto Silvio quanto Silval confirmaram que irão até a CPI prestar esclarecimentos sobre tudo o que foi citado na delação.

Quatro depoimentos estão marcados para este mês. O servidor Valdecir Cardoso será ouvido no dia 07 de fevereiro – ele é apontado como responsável por instalar os equipamentos de gravação. Silvio Correa tem depoimento marcado para o dia 16 de fevereiro.

Em 2017, o chefe de gabinete foi gravado em um áudio pelo ex-secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia Alan Zanatta. A defesa de Emanuel afirma que o áudio mostra uma suposta ocultação de informações de Silvio e de Silval em seus acordos de colaboração. Zanatta tem depoimento marcado para o dia 21 de fevereiro.

O último a ser ouvido deverá ser o ex-governador Silval Barbosa, no dia 23. Silval confirmou que irá comparecer para prestar os devidos esclarecimentos. Emanuel disse que não espera nenhuma informação nova dos depoimentos.

“Não espero nenhuma novidade do que já foi dito. Agora, a CPI é um instrumento da Câmara e nós temos que respeitar. Deverá ser apenas a confirmação do que eles já falaram, nem pode ser diferente, porque eles têm assinado uma delação. Mas se vão provar, ou não, é outra história. Cabe a mim provar que não tenho nada a ver com isso e vou provar na Justiça”, afirmou.

O prefeito ainda disse que existe uma preocupação com o andamento de sua gestão durante os trabalhos da CPI. “Essa sempre foi uma preocupação minha, a governabilidade, mas quem não deve, não teme. Isso é uma discussão interna da Câmara Municipal de Cuiabá e eu desejo que façam um trabalho com sucesso, com total isenção, total imparcialidade”, defendeu.

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