Bem Estar

Depressão na terceira idade: saiba identificar sinais

O transtorno pode ter algumas características específicas para quem está nesta faixa etária

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Depressão na terceira idade: saiba identificar sinais
(Foto: Ednilson Aguiar / arquivo / O Livre )

A depressão é um transtorno mental que pode ocorrer em qualquer faixa etária. Segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 300 milhões de pessoas no mundo têm esta doença. No caso da terceira idade, a depressão é a doença mais comum quando se fala em transtornos mentais nesta faixa etária. A prevalência e como ela se manifesta pode variar de acordo com a situação vivida pelo idoso.

“Para aqueles que vivem com a família e estão inseridos na comunidade, a prevalência de sintomas depressivos gira em torno de 15%. Esse número pode dobrar quando nos deparamos com idosos institucionalizados, que estão em casas de repouso ou asilos. Em pacientes hospitalizados por problemas de saúde, a prevalência chega a quase 50%”, explica o médico psiquiatra Pedro Balata.

Em casos extremos, a depressão pode levar ao suicídio. Cerca de 11 mil pessoas tiram a própria vida todos os anos no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. E a população idosa é uma das mais afetadas.

Dados do Boletim Epidemiológico sobre o tema mostram que a faixa etária acima dos 60 anos teve as maiores taxas de suicídio nas regiões Sul, Nordeste e Centro-Oeste do país em 2022.

O tratamento é fundamental para prevenir o agravamento da doença e desfechos trágicos. Os familiares e amigos também têm um papel muito importante nesse contexto, pois em muitos casos são eles que vão conscientizar o paciente sobre a doença, incentivá-lo a procurar ajuda e dar o suporte necessário no enfrentamento à depressão.

“O estímulo da rede de apoio, familiares e amigos, é essencial para que o tratamento cumpra seu papel”, sintetiza o especialista.

Tipos de depressão

A depressão na terceira idade é dividida em dois grupos:

  • Os que nunca tiveram depressão e passam a ter;
  • Os que vêm de um quadro de depressão ao longo da vida.

No primeiro caso, o componente hereditário é menor, a doença fica muito mais relacionada as dificuldades trazidas pelo envelhecimento em si, tais como a problemas cognitivos e quadros demenciais, perda de papel social e limitações trazidas por doenças físicas. Já o segundo grupo envolve pacientes cujo histórico remete a quadros depressivos prévios, tratados ou não, e que podem apresentar características de cronificação.

Entre as principais diferenças da depressão entre o público jovem e o idoso são as queixas somáticas, que nos idosos são mais intensas e frequentes.

“Os sintomas depressivos mais frequentes nos idosos são as dores pelo corpo, falta de apetite e insônia, perda de energia para realizar as tarefas do dia-dia. Por isso ocorre o isolamento e a apatia, dois sinais de alerta para a identificação da doença. Nem sempre há a exteriorização de sintomas depressivos mais clássicos, como tristeza, angústia, crises de choro. Em geral, o quadro de depressão no idoso é menos exuberante”, ressalta o psiquiatra, que atua no Núcleo de Medicina Preventiva da Unimed, o Viver Bem.

Tratamento

A abordagem para o tratamento deve ser elaborada pelo médico, levando em consideração as necessidades do paciente, podendo incluir psicoterapia, medicamentos, abordagem terapêutica, com a ajuda da família. O estímulo familiar é essencial para a melhora no quadro depressivo, com a retomada do convívio social, estimular os exercícios físicos e o bom cuidado da saúde.

(Com Assessoria)

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