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Delegado Flávio Stringueta deixa inquérito sobre grampos ilegais

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Delegado Flávio Stringueta deixa inquérito sobre grampos ilegais

Gcom

Delegado Flávio Stringueta

 Delegado diz que decisão não está relacionada a ofício do Ministério Público

O delegado Flávio Stringueta, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), se retirou do inquérito que apura a ocorrência de grampos ilegais no âmbito da Polícia Militar e vai tirar uma licença médica para tratar uma forte anemia. Stringuetta comunicou a decisão na tarde desta sexta-feira (14) ao desembargador Orlando Perri, que havia determinado a abertura do inquérito.

Stringueta diz que a decisão não está relacionada ao ofício enviado a ele pelo procurador-geral de Justiça, Mauro Curvo.

No documento, Curvo questiona as investigações conduzidas pelo delegado e diz que os inquéritos “demonstram possíveis afrontas” à lei, pois estariam alcançando pessoas com foro privilegiado. Curvo afirmou que se o delegado investigasse promotores do Ministério Público “incorreria em crime de usurpação de função e improbidade administrativa”. 

Na quinta (13), o Tribunal de Justiça negou um pedido da Procuradoria de Justiça para arquivar a notícia-crime da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Durante seu voto, Perri admitiu que a nomeação de Stringueta havia sido um erro.

Força-tarefa
O delegado havia sido designado por Orlando Perri para apurar as denúncias de grampos ilegais num esquema conhecido como barriga de aluguel. Posteriormente, Perri desmembrou o processo e determinou a abertura de investigação no Ministério Público Estadual. Segundo a denúncia do promotor Mauro Zaque, números de telefone de autoridades e pessoas comuns foram inseridos em pedidos de interceptações num processo que investigava tráfico de drogas em Cáceres.

Telefones da deputada estadual Janaína Riva (PMDB), do desembargador aposentado José Ferreira Leite, do advogado eleitoral ligado ao PMDB José do Patrocínio, do jornalista José Marcondes “Muvuca” foram grampeados entre 2014 e 2015. Na lista também estavam uma secretária e uma ex-amante do ex-secretário da Casa Civil Paulo Taques – ele deixou o cargo em maio quando o caso veio à tona.

Com base nesse caso, o Tribunal de Justiça ordenou uma varredura nos pedidos de grampos que foram autorizados por juízes nos últimos anos, bem como solicitou que as operadoras de celular informassem os números interceptados com base em autorizações judiciais. A ideia era verificar se houve mais casos de barriga de aluguel. Durante suas investigações, Stringueta teria pedido a relação de magistrados que deram decisões permitindo as interceptações telefônicas.

 

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