Um estudo brasileiro realizado pela Universidade de São Paulo (USP) mostrou que homens contaminados com o coronavírus podem apresentar uma sequela um tanto diferente: alterações nos testículos. De acordo com o levantamento, os pacientes apresentaram alterações hormonais e de fertilidade.
Segundo o levantamento, alguns dos infectados carregaram as sequelas por meses depois de se recuperarem da doença causada pelo vírus. Entretanto, em quase todos os casos, a infeliz sequela é temporária.
Queda na contagem de espermatozoides
Ainda segundo o estudo, o espermograma de vários pacientes apontam que a capacidade de mobilidade dos espermatozoides se moverem e fecundarem o óvulo caiu de acima de 50% para algo entre 8% e 12%, com esse patamar se mantendo quase um ano depois da infecção pelo coronavírus.
Diminuição hormonal
Em relação a taxa hormonal, foi possível apontar que os níveis de testosterona de muitos dos pacientes também caíram muito. O índice habitual é de 300 a 500 nanogramas por decilitro de sangue, enquanto nos pacientes que tiveram a doença registram taxas abaixo de 200, chegando a patamares entre 70 e 80 nanogramas.
Luz no fim do túnel?
As principais preocupações dos pesquisadores estão sobre homens em idade reprodutiva e adolescentes, pois ainda não há consenso se a situação é transitória, longa ou permanente.
Porém, a maior parte dos especialistas afirmam que a sequela é temporária e que os pacientes se recuperam desse problema com o passar dos meses.