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Coronel entrega relatório sobre grampos à Justiça

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Coronel entrega relatório sobre grampos à Justiça

Ednilson Aguiar/O Livre

 Cel Jorge Catarino Moraes Ribeiro

Coronel Jorge Catarino Moraes Ribeiro, responsável pelo IPM

O coronel da PM Jorge Catarino Morais Ribeiro entregou na segunda-feira (10) um relatório à Justiça sobre as investigações realizadas até o momento sobre o caso conhecido como “barriga de aluguel”. Ele tinha um prazo de 20 dias, prorrogáveis por mais 20, para conclusão do Inquérito Policial Militar (IPM) instaurado para investigar os grampos. O prazo já havia se esgotado na última sexta-feira (07), mas o desembargador Orlando Perri pode conceder mais tempo para diligências com coleta de provas e novos depoimentos.

O coronel ainda pediu proteção para sua família ao comandante-geral da Polícia Militar, Marcos Vieira da Cunha. Segundo Catarino, ele não recebeu ameaças durante o processo, mas, por se tratar de uma questão delicada, a proteção seria necessária como uma medida de precaução.

As investigações sobre os grampos tiveram início com uma denúncia feita pelos promotores Mauro Zaque de Jesus e Fábio Galindo, que ocupavam os cargos de secretário e adjunto de Segurança Pública à época da possível realização dos crimes. Números de jornalistas, advogado, médicos, deputada estadual, assessor de deputado, ex-vereador, entre outros, foram interceptados em uma investigação de tráfico de drogas com a qual eles não tinham qualquer relação.

O IPM comandado pelo coronel Jorge Catarino apura os crimes no âmbito da PM, enquanto Perri acompanha o caso no Tribunal de Justiça. A Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público Estadual realiza um procedimento interno para investigar a possível participação de promotores e a Procuradoria-Geral da República (PGR), do Ministério Público Federal, também investiga a participação de pessoas com prerrogativa de foro nas interceptações ilegais.

Desde que o caso veio à tona, seis militares já foram presos, sendo três coronéis. O coronel Zaqueu Barbosa foi preso junto do cabo Gérson Luiz Ferreira Correa Junior por decisão de ofício do juiz Marcos Faleiros, da Vara Militar, em 23 de maio. Zaqueu teria ordenado os grampos e o cabo foi o responsável por assinar os pedidos e relatórios de inteligência sobre as interceptações ilegais.

Os coronéis Evandro Ferraz Lesco e Ronelson Barros, secretário e adjunto, da Casa Militar, foram presos no dia 23 de junho também acusados de participação do esquema. Na denúncia assinada por Mauro Zaque, constava uma nota fiscal de compra de um equipamento utilizado para escuta telefônica em nome de Lesco. Na mesma ocasião, também foram presos o tenente-coronel Januário Antônio Edwiges Batista e o cabo Euclides Luiz Torezan.

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