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Foi dada a largada para a colheita da maior safra de milho da história de Mato Grosso, projetada em mais de 28 milhões de toneladas. O aumento esperado é de 47% em relação ao ciclo anterior, resultado das boas condições climáticas e do plantio do cereal na janela ideal.
Dos 4,7 milhões de hectares, 0,24% foram colhidos na última semana, conforme o último boletim divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Dados do relatório apontam que as áreas que já estão sendo colhidas foram semeadas nas primeiras semanas de janeiro.
O Médio-Norte é a região que teve maior avanço na colheita até o momento 0,45%, de um total de 2,02 milhões de hectares. Logo atrás aparecem o Centro-Sul (0,29%) e o Nordeste (0,26%). Apesar das chuvas e o tempo nublado na última semana, a colheita está antecipada em relação às safras anteriores, destaca o informe. Para a próxima semana a previsão é de chuvas espaçadas, o que pode interferir no andamento da colheita no estado.
Preço
Em Mato Grosso o preço do milho disponível finalizou a semana com baixa de 4,28%, motivada pelo início da colheita. A cotação média ficou em R$ 16,15 a saca. Por se tratar de um dos principais ingredientes das rações dos bovinos, a desvalorização do cereal dá um fôlego para o pecuarista que utiliza o ingrediente na nutrição animal.
Em abril deste ano, o pecuarista que comprava uma tonelada de milho “gastava” 2,65 arrobas de boi gordo na compra, esse é o menor valor desde dezembro de 2015 e 7,48% menor se comparado com março de 2017.
De acordo com o Imea, o momento é de oportunidade para os confinadores e para aqueles que estão com pastos ruins e precisam suplementar a alimentação dos animais. A previsão é de queda ainda maior nas cotações quando encerrada a colheita.