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Cinco são presos por assassinato de motorista de aplicativo

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Cinco são presos por assassinato de motorista de aplicativo

A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Várzea Grande (DERF-VG) prendeu, nessa quinta-feira (21), os acusados pela morte do motorista de aplicativo Anderson Marcelo Lopes Caldeira, de 28 anos.

O jovem foi assassinado com dois tiros na cabeça na última quarta-feira (20), em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá), durante uma tentativa de assalto.

Dos cinco presos, quatro são homens e uma é mulher. Segundo a Derf, as prisões aconteceram em vários bairros de Várzea Grande, depois de investigações da especializada.

Três dos acusados foram presos como supostos executores do crime contra Anderson, são eles Jeferson Pereira de Jesus (Pereira), 30 anos, Renato Marcelo da Silva, 23 anos, e Wallyson Henrique Campos Oliveira, 19 anos. Segundo a Polícia Judiciária Civil, eles foram indiciados por latrocínio consumado, integrar organização criminosa, roubo majorado pelo concurso de pessoas, emprego de arma de fogo, desobediência e resistência.

Junto com eles também foram presos Ezequiel Filipe de Almeida Costa, de 18 anos, por roubo majorado, e Silvia Moreira Dutra, 45 anos, que é apontada pela polícia como integrante da organização e está sendo apurada sua participação no latrocínio.

Foto: TV Centro América

A delegada titular da Derf de Várzea Grande, Elaine Fernandes, disse que os três suspeitos de serem os executores são considerados de altíssima periculosidade e agem a mando de lideranças de uma facção criminosa.

“Os levantamentos efetuados atestam que os integrantes ora conduzidos atuam na prática de roubos de veículos para encaminhar para a Bolívia, a fim de trocar por drogas, ao passo que, nos últimos quinze dias, ocorreram inúmeros roubos de veículos neste município”, disse .

Os três primeiros suspeitos presos resistiram à prisão, sendo que Wallyson Henrique Campos Oliveira chegou a tentar fugir e se esconder em uma área de mata. O Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPaer) foi acionado e auxiliou na localização do suspeito em meio à mata.

Segundo a Polícia Civil, já na delegacia, durante interrogatório, Renato Marcelo da Silva confessou a prática do latrocínio e entregou a participação dos outros dois. Ele alegou que a intenção era somente roubar o veículo (Gol) da vítima, que teria se recusado a descer do carro. Então, segundo Renato, Wallyson e Jeferson decidiram matar o motorista de aplicativo.

Ainda no interrogatório, Renato teria dito que o planejamento do crime foi feito por Jeferson Pereira, que teria acionado o transporte via aplicativo. Segundo a PJC, no momento que a vítima parou seu veículo, Jeferson anunciou o roubo, armado com um revólver calibre 38, e ordenando que o motorista de aplicativo descesse do carro.

No entanto, Anderson teria se recusado a descer, então, teria Jeferson entrado no veículo e sentado atrás dele, instante que o motorista teria acelerado o veículo e colidido logo em seguida contra o barranco do lixão. Nesse momento Jeferson teria atirado contra o motorista e, em seguida, todos fugiram, deixando Anderson sozinho.

Wallyson também confessou a prática do latrocínio, mas afirmou ter sido Renato quem efetuou os disparos contra a vítima. O suspeito ainda afirmou que juntamente com Jeferson resgataram o comparsa Renato nas imediações do local do latrocínio.

O suspeito Jeferson Pereira possui quatro condenações criminais pela prática de roubo majorado, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, porte ilegal de artefato explosivo e organização criminosa. Em abril de 2014, ele praticou a explosão do muro da Penitenciária Central do Estado, ocasião em que trocou tiros com a Polícia Militar e foi preso.

Ainda conforme informações da Polícia Civil, o conduzido Wallyson Henrique Campos Oliveira foi colocado em liberdade há pouco tempo e foi orientado pelos companheiros de cela a procurar Jefferson Pereira de Jesus e Renato Marcelo da Silva, os quais iriam lhe oferecer do suporte na prática de roubos. O conduzido Renato já foi preso por posse irregular de arma de fogo, receptação e corrupção de menor e afirmou integrar a organização criminosa há um ano e cinco meses.

A suspeita Silvia Moreira Dutra, que faz uso de tornozeleira eletrônica, será investigada na participação do latrocínio, pois a arma do crime pertencia ao filho dela, que também é alvo da investigação. A mulher, junto aos demais suspeitos, praticou roubo em uma empresa de manutenção, de onde levaram várias máquinas e um veículo S10. Ela é sogra de Kewerson Barros de Figueiredo, que foi preso com parte dos produtos roubados dessa empresa.

O caso

Na manhã da quarta-feira (20), Anderson Marcelo Lopes Caldeira foi encontrado por policiais no veículo dele, um VW Gol branco, no Bairro Serra Dourada, em Várzea Grande, com dois ferimentos na cabeça.

Ele foi socorrido em estado gravíssimo ao Pronto-Socorro de Várzea Grande, onde passou por exames e iria passar por uma cirurgia, porém, não resistiu aos ferimentos e morreu.

Desde o princípio o caso passou a ser investigado como uma tentativa de roubo que resultou em homicídio.

(Atualizada às 09 horas/ com informações da assessoria)

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