Um menino de 9 anos e a mãe, de 45 anos, foram alvos de uma tentativa de sequestro em Juscimeira (160 km de Cuiabá) no início da tarde de ontem (16). Os bandidos tentaram pegar o garoto na escola, possivelmente para chantagear a mãe, que é gerente de uma agência bancária da cidade.
Coordenadora
O caso teve início quando a coordenadora da escola em que a vítima estuda recebeu uma ligação e uma mensagem de uma pessoa, se passando pela mãe do estudante, pedindo que a direção o liberasse e entregasse para uma pessoa que estava na porta da escola.
A falsa mãe afirmou que a pessoa que iria pegar o aluno o levaria para Campo Verde, onde familiares haviam se acidentado.
A coordenadora estranhou a situação e ligou para a mãe do aluno pelo número que a escola possui, que afirmou não saber de nenhum acidente e não autorizava a liberação do filho e correu para a escola.
Motorista de aplicativo
A Polícia Militar foi acionada e encontrou dois homens, de 29 e 33 anos, na porta da escola, em um Fiat Argo cinza, com placa de Cuiabá.
Um dos homens afirmou que trabalha como motorista de aplicativo – o outro era seu irmão e só estava o acompanhando – e que uma pessoa havia entrado em contato com ele via WhatsApp, se passando pela mãe do estudante.
Segundo relato do suposto motorista, o contratante pediu que ele pegasse o menino na escola e o levasse até Campo Verde, em um hospital situado na saída para Chapada dos Guimarães, na Avenida Mato Grosso, no Centro, pois a mãe dele havia se acidentado e iria fazer uma cirurgia.
Mãe
A mãe, por sua vez, disse aos policiais que é gerente de uma agência bancária em Juscimeira, que nem ela, nem nenhuma pessoa da família, havia sofrido um acidente e que não pediu que ninguém pegasse seu filho.
Segundo o boletim de ocorrência, durante a conversa com os policiais, a mãe estava desesperada e preocupada. Ela contou que na segunda-feira (15), uma pessoa a procurou pelo WhatsApp querendo abrir uma conta na agência bancária que ela gerencia.
Os policiais notaram que o número usado para mandar a mensagem para a mãe, para a escola e a para o motorista de aplicativo era o mesmo.
O motorista de aplicativo e o irmão foram levados para a delegacia para prestar esclarecimentos e tiveram o celular apreendido. Um deles estava com uma tornozeleira eletrônica, que estava ligada. O carro ficou estacionado e trancado em frente à delegacia.
O caso foi registrado como ocorrência atípica.