Em entrevista ao programa Estúdio Livre nesta quarta-feira (18), em Cuiabá, o vlogueiro e militante do Movimento Brasil Livre (MBL), Arthur do Val, criticou algumas declarações do prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB), e elogiou algumas falas do pré-candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro (PSC).
Segundo Do Val, Dória não foi suficientemente firme com a esquerda em algumas de suas declarações recentes. Isso, para o militante, pode ser um sinal de enfraquecimento do avanço da alternativa de direita nas próximas eleições, quando nomes como Geraldo Alckimin, Ciro Gomes, Lula e Marina Silva aparecem no páreo.
“O Dória é o seguinte. Ele era meu candidato até 15 dias atrás. É um cara que eu apostava muito nele, um cara que tem ideias liberais, ideias privatistas, um cara que pessoalmente tem facilidade, conversa com todo mundo, dialoga com o Congresso. Mas ele tem dados declarações de um cara exatamente de centro”, comentou.
A rejeição a um nome de “centro”, como afirmou Arthur, reflete também a posição do movimento em relação a Geraldo Alckimin (PSDB), governador de São Paulo e correligionário de Dória. Na avaliação do militante, o prefeito tem se aproximado da maneira como atua o governador paulista.
“Eu acho que o país precisa de um cara pelo menos mais alinhado à direita, um cara que dê declarações corajosas, não pode ter um cara como Dória, que quando perguntado sobre o Che Guevara, o cara dê aquela titubeada, não! O Che Guevara era um vagabundo, um assassino, um guerrilheiro, então as pessoas têm que ter mais coragem em falar isso”, acrescentou.
Opção Bolsonaro
Pelo menos no que se refere à política pura e simples, Do Val garante que, no final das contas, Bolsonaro tem se tornado o mais próximo daquilo que o MBL deseja. A desavença, portanto, seria apenas no campo econômico.
“Infelizmente o candidato que nós temos hoje, que fala forte contra a esquerda, é o Bolsonaro. Infelizmente é um cara que eu discordo dele economicamente, é um cara que eu acho protecionista, um candidato que pragmaticamente tem dificuldade para conversar com o Congresso, caso seja eleito”, lamentou o vlogueiro.