Nessa semana, o deputado federal Bibo Nunes (PL-RS) protocolou um pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após uma entrevista em que o petista afirmou que pensava em se vingar do então juiz federal e hoje senador Sergio Moro (União-PR). Este é o quinto pedido de afastamento protocolado pela oposição, que investe nessa estratégia para desgastar o atual mandatário.
No pedido de impeachment, Bibo Nunes argumenta que Lula violou as imunidades asseguradas ao senador da República e se opôs diretamente ao livre exercício do Poder Judiciário, quando afirmou ter um sentimento de vingança contra Moro.
O deputado também acusa Lula de ter praticado crime contra a probidade na administração ao proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo.
Em entrevista, o presidente Lula disse que sentia vontade de se vingar dos integrantes da Lava-jato, em especial do ex-juiz Sergio Moro.
“De vez em quando ia um procurador, de sábado ou de semana, para visitar, ver se estava tudo bem. Entravam três ou quatro procuradores, e perguntavam: ‘Está tudo bem?’. Eu respondia: ‘Não está tudo bem, só vai estar bem quando eu foder esse Moro’”, disse Lula.
A fala causou uma repercussão negativa na imagem do petista, que é acusado de não se comportar adequadamente e por estimular o ódio.
O que precisa para ter impeachment?
Além de crime material, um presidente só pode ser afastado caso o pedido de impeachment seja aceito primeiro pelo presidente da Câmara, Artur Lira.
Em seguida, o pedido é votado pelos deputados federais e, caso obtenha a maioria, o presidente é afastado temporariamente até que uma votação no senado decida afastar permanentemente ou não o líder do executivo nacional.