Uma idosa de 62 anos, mãe de um sub-tenente da Polícia Militar, foi estuprada no último sábado (19) por um homem de 26 anos, que já havia prestado serviço para ela, dentro de sua própria casa, em Paredão Grande, Distrito de General Carneiro (450 km de Cuiabá).
O suspeito acabou encontrado em ação da Polícia Militar e baleado. Ele está hospitalizado.
Estupro
Segundo relato da idosa, o suspeito chegou à casa dela por volta das 16 horas do sábado (19) pedindo que ela lhe desse uma jaca, pois estava com fome.
Em seguida, ele foi até os fundos da casa da vítima e pediu uma faca para cortar a jaca. Quando a idosa entregou uma faca de mesa, o suspeito encostou o objeto na barriga dela, disse que era da facção criminosa Comando Vermelho e que, caso ela gritasse por socorro, ou o denunciasse posteriormente, iria matá-la e também a seus filhos.
A idosa tentou lutar com o suspeito, na intenção de tomar a faca dele, mas não conseguiu. Diante da reação, o homem bateu a cabeça da idosa no chão várias vezes, e a enforcou, deixando-a sem respirar.
Depois, ele levou a vítima para dentro da casa, trancou todas as portas, a colocou no quarto e a estuprou por mais de três horas, enquanto dava tapas no rosto dela e puxões de cabelo.
Antes de fugir, pela porta da frente, ele a ameaçou de morte mais uma vez e a obrigou a dar R$ 50 para ele.
A vítima foi encontrada pela polícia na casa de uma vizinha e levada para a Central de Atendimento da Polícia Militar de Barra do Garças, onde o caso foi registrado como estupro.
Ela estava com várias lesões pelo corpo, como hematomas na testa e na garganta e cortes na língua, lábios e calcanhar esquerdo.
Buscas
A princípio, a idosa não contou nada ao filho, policial militar, por temer que o acusado fizesse algo com a família dela.
Já a noite, porém, a irmã do policial foi informada por uma vizinha e comunicou o irmão, que procurou a Polícia Militar e registrou o crime.
Diante da denúncia, a Polícia Militar foi até a casa da vizinha da idosa, onde ela estava, a ouviu e encaminhou para a delegacia.
Em seguida, os militares foram até a casa em que o suspeito morava, mas ele não foi localizado. Um encarregado do acusado, porém, entregou os documentos dele e a foto foi mostrada para vítima, que o reconheceu.
Policiais realizaram buscas no Distrito de Paredão Grande por horas, mas o suspeito não o encontraram. O filho da idosa, porém, continuou a procura após receber uma informação de que o suspeito era funcionário de uma empresa e estava morando em uma residência com os demais funcionários.
O sub-tenente foi até a casa e chamou por várias vezes, mas ninguém saiu. Segundo o boletim de ocorrência, ele ficou no local por alguns minutos e uma pessoa foi até o portão.
O policial afirma que gritou: “Polícia, polícia, deita no chão”. Porém, o suspeito não teria obedecido a ordem e, com uma faca, teria caminhado em direção ao sub-tenente, que reagiu atirando.
Após ser alvejado, o suspeito teria jogado a faca no chão e corrido para uma área mata.
O militar acionou reforços de Barra do Garças, por volta de 4h30, mas, devido à baixa luminosidade, não foi possível realizar buscas pelo suspeito imediatamente.
Ao amanhecer do domingo (20), os policiais entraram na Mata de Varjão e localizaram o suspeito, com ferimentos de tiro. Uma ambulância foi acionada e ele foi encaminhado ao Pronto-Socorro, onde ele ficou internado, sob supervisão de um policial.
O sub-tenente foi encaminhado para a delegacia, onde sua arma foi apreendida. A faca que estava com o suspeito também foi apreendida.
O caso foi registrado como lesão corporal, estando o acusado de estupro como vítima e o sub-tenente como suspeito.
