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Aplicativo “garimpa” comida caseira na Baixada Cuiabana

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Aplicativo “garimpa” comida caseira na Baixada Cuiabana
Mackenzie (à direita), acompanhado dos sócios, Jachson Slaviero e Reginaldo Araújo (Foto: Ednilson Aguiar/O Livre)

Com previsão de lançamento para o fim deste mês, o aplicativo Xeppa promete revolucionar os lares da Baixada Cuiabana e, para os consumidores, abrir um leque de possibilidades gastronômicas, que vão muito além da comida de rua e de bares e restaurantes. É um aplicativo para garimpar, especialmente, comida caseira feita com carinho.

A ideia é do estudante de Administração de Empresas, Mackenzie Nascimento. Desde os 16 anos – lá se vão 17 – ele atua no ramo. Já foi garçom, mâitre e é sommelier de vinhos. Além do badalado português Porto Cave, em Goiânia, ele trabalhou em alguns dos principais de Cuiabá, como Avec Rest, do Grand Odara Hotel, Al Manzul e há nove meses deixou o Malai Manso.

“A rotina estava bem pesada. Eu chegava em Cuiabá meia-noite e às sete já estava pronto para ir para a faculdade. Foi então que deixei o restaurante e resolvi apostar no serviço de motorista de aplicativo”, lembra. Foi entre uma viagem e outra, que teve o insight para desenvolver a primeira startup.

“Fui alinhavando tudo: a experiência no ramo de restaurantes, modos de operacionalização, geocalização, forma de pagamento e pontuação do serviço oferecido pela Uber. Pensei que podia desenvolver um aplicativo para conectar a ‘Dona Maria’ com quem depende de comida por encomenda. Sem contar, que a gente sempre acaba enjoando de comer no mesmo lugar né? O Xeppa ajuda a encontrar pessoas em todo o canto de Cuiabá e Várzea Grande. Vão haver muitas surpresas, não é mesmo?”.

Segundo Mackenzie, vai funcionar assim: a cozinheira faz uma comida já pensando em reservar uns dois ou três pratos no almoço e/ou no jantar. É então que logo cedo – por volta das 9 horas – ela coloca no aplicativo qual o menu do dia. Do outro lado, quem estiver cadastrado como consumidor recebe um push avisando do cardápio, com direito a foto dele. E então, eles se comunicam e fecham o negócio. Haverá um chat para garantir a comunicação entre vendedor e comprador.

“Se ela consegue vender diariamente uma média de duas marmitex, já ajuda na conta do mercado; se for umas seis, já fecha a conta e se conseguir o dobro é bem possível que ela consiga superar a renda do marido”, explica.

E Mackenzie também já vislumbra outras situações. “Se a pessoa estiver com fome, de madrugada, e alguém estiver oferecendo o serviço de lanches, a exemplo, também dá para fechar negócio. Esse é um aplicativo – interligado a outras redes sociais como Instagram e Facebook – que beneficia não só a dona de casa, como pode impulsionar a renda de pequenos empresários, a exemplo”.

Para garantir o padrão de qualidade, o empreendedor criativo assegura que serão realizadas vistorias logo que detectado o cadastramento das pessoas interessadas em ofertar comida.

Já contando com parceiros na empreitada, Mackenzie vê uma outra perspectiva do aplicativo também se tornar especial por detectar os dotes culinários de pessoas de outros estados, que moram em Cuiabá, e têm muito talento para produzir receitas tradicionais da região onde nasceram.

“Vislumbro que a comida regionalizada vai ser um grande chamariz. Imagina você descobrir aquela pessoa que faz comida baiana ou mineira sem igual? Ou haitianos e venezuelanos que moram em Cuiabá poderem também mostrar um pouco da culinária de seus países? Sem contar, é claro, que seria uma forma de garantir renda a esses imigrantes”, considera.

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