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Amado Grão: barista abre espaço para quem leva a sério a paixão por café

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Amado Grão: barista abre espaço para quem leva a sério a paixão por café
A barista Vanessa Vilá de Arruda é especialista em segmento ainda pouco explorado em MT (Ednilson Aguiar/ O Livre)

Da garimpagem da matéria prima – passando pela torra diária – até a precisa extração na máquina ou esmero ao utilizar filtros especiais, a barista Vanessa Vilá de Arruda mostra que é devota de um santo café. Por isso mesmo, o nome do estabelecimento recém-inaugurado na rua Sírio Libanesa, no Popular, ganhou o nome de “Amado Grão”.

A nova cafeteria é porto seguro de quem leva a sério a paixão pela bebida.

Por enquanto, ela investe na melhor das divulgações: a recomendação que o cliente faz a outras pessoas. E vem colhendo o que tem plantado, rapidamente, pois a cada dia o ambiente que remete a um clima do campo – com paredes revestidas por tijolo que lembra fazenda e chão de madeira – se torna mais disputado.

Tudo isso vem especialmente, por conta do zelo e do alto padrão de aprendizado a que foi se habituando e que impõe ao Amado Grão. A formação pela Associação Brasileira de Cafés Especiais e a passagem por conceituadas cafeterias paulistas, como a Coffee Lab e Santo Grão, elevaram o nível do seu estabelecimento. A área ainda é pouco explorada em Cuiabá.

Vanessa só trabalha com cafés especiais – dos quais têm conhecimento de todo processo de produção – da visitação a terras do plantio à colheita seletiva feita à mão, do chamado grão cereja [de tonalidade vermelha o grão fica mais aromático, com sabor mais pungente].

“Há especificidades que contam muito no sabor do café. Vai desde o vínculo que estabeleci com os produtores de café de regiões muito importantes de plantio em MG, SP e ES localizadas em altas altitudes e colheita seletiva, até o processo de torra que eu mesma faço e de extração do café. Prezamos para que tudo seja impecável”, diz a barista que prioriza cafés da espécie arábica.

“Trabalhamos com cafés de aromas e sabores singulares que vêm da Chapada Diamantina (BA) e serras do Caparaó, Vargem Grande e Vale do Caxixe (ES), a exemplo. Nessas áreas, são produzidos por famílias, em sítios e distribuídos em microlotes. Costumam ser bastante procurados por empresários e consumidores estrangeiros que visitam a Semana Internacional do Café”, destaca.

(Foto: Ednilson Aguiar/ O Livre)

Cafés e comidinhas

Na cafeteria, o cliente pode degustar cafés passados com cinco métodos diferentes [na prensa francesa, aeropress, hario v60, chemex e clever] além dos clássicos expressos e variantes extraídos na máquina. Tem também bebidas geladas preparadas com café, bolos caseiros – de sabores cítricos e chocolate – e salgados artesanais, feitos com temperos caseiros. “Uma das estrelas do cardápio é a empanada chilena. Foi generosidade de uma chilena de 80 anos que me passou receita de família”, se orgulha.

“O Amado Grão é um lugar para tomar café enquanto você faz negócios, encontra os amigos, reúne a família… Esses encontros se tornam singulares. É para relaxar e desligar do mundo”.

E é bem essa a impressão que temos ao permanecer um tempo por lá. A propósito, tem um quê de extensão da casa de Vanessa, já que a decoração da cafeteria é tomada por memorabília. Há máquinas de fotografar, por quais ela já fitou o mundo, jukebox, discos, aparelho de som e até um piano que fica disponível para quem quiser dar um show ou fazer deste um momento intimista.

“Esse é um sonho de 20 anos atrás. Acho que fui maturando cada detalhe. Para se ter uma ideia, levamos quatro anos construindo. Deus capricha”.

Piano que fica disponível para quem quiser dar um show ou fazer deste um momento intimista (Ednilson Aguiar)

Dicas da barista

Vanessa faz algumas indicações para quem quer se aventurar pelos sabores, aromas e texturas das bebidas do cardápio. “Tudo preparado por uma equipe especialmente selecionada”. Vale ressaltar, dentre os cafés utilizados, reina supremo o exótico café super premium Jacu Bird, um orgânico considerado o mais raro do Brasil. É um blend de todas as variedades da fazenda Camocim, de sabor suave e acidez marcante com aromas frutais e florados. Pergunte sobre ele!

Dentre as opções clássicas quentes, destacam-se o cappuccino italiano (150 ml, R$ 12,00), composto de café espresso e leite vaporizado que o deixa mais cremoso. E como ela destaca: “não tem barulhinho na máquina, isso é importante”.

Outro que merece destaque é o mocha, um espresso com leite vaporizado e calda de chocolate. Sai por R$ 14,00, 180 ml. Tem ainda o lait sucre, espresso com canela, leite cremoso e doce de leite, por R$ 15,00, 300 ml. “A extração leva de 20 a 30 segundos, não temos pressa”, brinca.

Já para quem quer ousar, experimentando bebidas geladas, o ice caffe latte. Café gelado aromatizado com marshmallow tostado ou caramelo, ou doce de leite, ou macadâmia (R$ 15,00). Outra delícia listada no cardápio é o smothie coffee (R$ 17,00), bebida cremosa de banana, chocolate 50%, café e leite.

Para degustar, tem bolos de laranja (R$ 8,00 a fatia), café com ganache meio amargo (R$10,00) e também croissant (R$ 9,50) ou pão na chapa para os tradicionais (R$ 4,50). A já famosa empanada chilena, sai por R$ 11,00 e vem com carne, cominho, ovos e azeitonas.

O Amado Grão abre de segunda-feira a sábado, das 14h às 20 horas. Fica na rua Sírio Libanesa, 197, bairro Popular. Mais informações pela conta do Instagram ou pelo telefone 2129-2212.

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